sábado, 21 de janeiro de 2012

Protesto contra o BBB exige regras democráticas para comunicação

Chamado pela Frente Paulista pela Democratização da Comunicação e dezenas de outras entidades, o protesto agitou as redes sociais nos últimos dias e mobilizou lideranças do movimento de mulheres, entidades sindicais e organizações de luta pela democratização da comunicação.

O caso do BBB-12 é mais um entre tantos casos de violação dos direitos humanos que são exibidos pela televisão. A gravidade do ocorrido nesta semana foi o estopim que desencadeou uma onda de críticas e protestos contra a baixaria na TV, contra programas que fazem ap
ologia do uso de bebidas alcóolicas, que enaltecem a futilidade e a cultura do vale tudo por dinheiro.

TV é concessão pública

Os presentes ao ato chamaram a atenção para a urgência do debate em torno de um marco regulatório das comunicações, que deixe explícito qual a responsabilidade dos concessionários e do Estado sobre um serviço público que é a radiodifusão. As televisões e rádios são concessões públicas e é mais do que legítimo que a sociedade possa participar democraticamente do debate sobre essas responsabilidades, visando cumprir um preceito constitucional, que estabelece que a programação das emissoras priorizem conteúdos com finalidades culturais, artísticas, educativas e informativas.

Bia Barbosa, do Coletivo Intervozes, informou durante o ato que diversas entidades assinaram representação que foi encaminhada ao Ministério Público Federal exigindo além da responsabilização da emissora pelo ocorrido, direito de resposta para o movimento de mulheres.

O episódio do BBB também mostrou que o debate da regulação não tem relação alguma com censura, afirmou durante a atividade Renata Mielli, do Centro de Estudos Barão de Itararé. Ela condenou a tentativa da mídia hegemônica em impedir o debate público sobre a comunicação sob o argumento de que qualquer discussão de regras para o setor é censura. “Existem os sem terra, os sem educação, os sem moradia e os sem comunicação. A sociedade tem o direito de participar de um debate democrático sobre as regras de atuação de um setor econômico dos mais relevantes dos dias de hoje. Tal debate só vai contribuir para o aprofundamento da democracia no Brasil”, disse.

Jacira Melo, do Instituto Patrícia Galvão avaliou que o surgimento de novas mídias faz com que as pessoas tenham mais censo crítico diante do que veiculado pela televisão. ”O telespectador passa a emitir sua opinião a partir de seu próprio juízo”, o que para ele é um importante sinal do avanço de uma agenda de debates e do exercício da cidadania. “Falta agora que os veículos de mídia também aceitem participar desse debate sobre os limites éticos e legais de seus conteúdos e estratégias para conquistar audiências. Também faltam posições inequívocas das instituições democráticas do país sobre as consequências previstas para esse tipo de atitude de emissoras de TV, para que possam ser responsabilizadas editorialmente sobre os conteúdos transmitidos”, concluiu.

Fonte: Barão de Itararé

Um comentário:

  1. Big Vergonha Brasil
    Data: 20/01/2012
    De volta às páginas! É com grande alegria que inicio minhas crônicas em 2012 neste espaço pelo qual sinto tanto carinho. Pensei em falar sobre tantos assuntos relacionados ao inicio do ano, sobre as perspectivas de um novo tempo, mas, decidi adiar um pouquinho o assunto, devido ao surgimento de uma polêmica que me deixou incomodada. Neste caso, preciso escrever, não tem jeito!

    Trata-se do escândalo protagonizado por dois participantes da décima segunda edição do Big Brother Brasil. Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que sinto verdadeiro desprezo por este programa, acho-o de uma baixeza generalizada, uma vergonha!

    Não contribui em nada, não há nada que remeta algum tipo de aproveitamento cultural, um programa de moças que exibem corpos esculturais e que não conseguem manter um diálogo decente, muitas delas deveriam procurar um fonoaudiólogo, pois até ouvi-las falar é insuportável. Elas confirmam a minha estatística, 99,9% dessas modelos passam a vida lapidando a casca, enquanto o cérebro vai se atrofiando... Acredito até que um reality show com chimpanzés seria bem mais interessante do que isso que a Rede Globo exibe.

    Mas, vamos aos fatos que remeteram ao escândalo. Na primeira festa oferecida aos participantes, houve um incidente envolvendo um rapaz e uma moça, cujos nomes nem vale a pena mencionar.

    Depois de tomarem todas e ficarem se (desculpem a expressão) esfregando feitos dois animais, a mocinha e o rapaz, que já estavam “pra lá de Bagdá”, foram pra onde? Pra onde? Pra debaixo do edredom, é claro!

    A garota, depois de alguns instantes, aparentemente, “apagou”, mas, o rapaz estava muito aceso e, segundo alguns espectadores que acompanharam tudo pela tevê fechada e pelas cenas amplamente divulgadas e exploradas pela emissora de Televisão Rede Record, que, diga-se de passagem, possui um programa semelhante, dão conta de que ele teria supostamente abusado sexualmente dela enquanto ela dormia. (pobrezinha)

    O fato caiu nas redes sociais feito um estopim e o rapaz foi expulso do programa, o motivo alegado pelo Pedro Bial foi: “ele foi expulso do programa por conduta inapropriada”. Menos Bial, menos!Quem deveria ser expulso do programa deveriam ser os organizadores que armam uma arena medieval, confinando um bando de jovens, disponibilizando bebida “à lavonté”, edredom e liberdade. O resultado não poderia ser outro.

    Todas as evidências apontam que ela consentiu e até instigou o jovem durante toda a festa para o ato libidinoso, por isso, o fato, do meu ponto de vista, foi consensual, ambos embriagados, foram para debaixo do abominável edredom das trevas. Óbvio que o ato cometido por ele, se é que a bela adormecida dormiu mesmo, é condenável e ele deve responder pelo que fez. Contudo, ela também deveria ser expulsa do programa, pois também manteve conduta inapropriada.

    Mas, por que será que ela ficou? Simples de entender:no dia seguinte a mocinha acorda com a cara da Madre Tereza de Calcutá, diz que não se lembra de nada, deixa o rapaz em maus lençóis, levando-o a ser expulso do programa e ela passa por vítima.

    Nesta semana, o apresentador Bial, com a cara mais lavada do mundo, inicia o programa afirmando que a jovem afirma que não houve nada demais, que tudo não passou de um mal entendido. Mas cadê o rapaz? Se nada aconteceu, se tudo foi consentido, por que ele foi expulso?

    A Rede Globo comprou o silêncio da jovem em troca de sua permanência na casa, pois se ela representasse o caso perante a justiça o programa sofreria sérias consequências...

    Ela fica, ele sai, tudo continua igual. Nenhum dos participantes toca no assunto! A Rede Globo dá um cala boca geral na rapaziada, assunto encerrado. E, assim, os heróis do Pedro Bial continuam sua mais ridícula saga pela tevê.

    Plim...Plim

    Cassiane Schmidt | Gaspar

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