Pedro Bial acaba de anunciar a eliminação de um certo Daniel, que participava do atual Big Brother Brasil. Disse que ele saiu da casa por “prática inadequada” e depois de “uma criteriosa apuração da direção programa”. Papagaiada.
Não assisto essa porcaria de BBB por respeito aos dois neurônios que me sobraram, mas desde ontem por conta de algumas tuiteiras guerreiras (entre elas BinahIre, Vida de Letícia, Vange Leonel, KatytaSV e a Maira Kubik) fui sendo informado durante o dia do que aconteceu e resultou na decisão anunciada há pouco.
Daniel teria violentado Monique, outra participante, enquanto ela dormia depois de uma festa onde todos beberam freneticamente.
Assisti ao vídeo da cena em questão e não tive dúvida. O cara tinha penetrado-a ou tentado penetrá-la enquanto ela parecia completamente inconsciente. Monique não esboçava reação alguma enquanto o sujeito se mexia em cima dela sob o edredom.
A ação de Daniel não é tão incomum. Há muito “garanhão” que faz e faria o mesmo numa boa. A frase que justifica o ato é sempre a mesma: “até parece que ela não estava gostando”.
Ou seja, haveria um consentimento implícito. E mesmo inconsciente e sem condições de reagir a vítima teria sido premiada.
A covardia é inominável.
Mas terrível ainda é ver canalhas fazendo ziguezagues para justificar o pode tudo do macho.
Houve gente que gastou o questionável juridiquês entre ontem e hoje para dizer que estupro não era um “conceito filosófico”. Ou seja, a tese era a de que para saber o que é um estupro precisava ter estudado Direito. Sensacional.
Mas a “melhor” foi a do tal Boninho que alegou que Daniel estaria sendo vítima de racismo. E que o que acontecera havia sido consensual.
Boninho, diga-se de passagem, faz par na lógica global com um sujeito conhecido por Ali Kamel, autor de um livro cujo título é auto-explicativo: “Não somos racistas”.
Boninho é um escroto. Daniel é mais um violentador babaca. Mas o que surpreende é como há milhões de homens com a mesma índole deles.
E como ainda existem mulheres que consideram a violência masculina como algo menor. Não foram poucas as que não viram “nada demais” na cena.
Talvez porque ainda existem garotas que se divertem quando são puxadas pelos cabelos em micaretas ou quando são literalmente laçadas em rodeios.
É preciso começar a meter a mão na cara desses patetas. E chamar a polícia.
O que as mulheres da rede social que se indignaram fizeram foi isso. Não arredaram pé do tema enquanto algo não fosse feito.
Em certos momentos não se pode ter medo de barracos. É preciso gritar algo.
Muitas mulheres fizeram isso e deixaram a Globo, esse tal Boninho e o cara-de-pau do Pedro Bial com a bunda na janela.
Que elas não se contentem apenas com isso.
E exijam uma punição à Globo por incitação à violência, recorrendo à Justiça.
Fonte: Blog do Renato Rovai
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