sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Gaviões prepara o enredo em homenagem a Lula. Escolha do samba é dia 7


Com o tema "Verás que o filho fiel não foge à luta. Lula, o retrato de uma nação!", escola fala sobre a criação do PT e da CUT, nas alas "Profissão-Cidadão" e "São Jorge". Fantasias já estão à venda.

Por Cecilia Figueiredo - Linha Direta



Ele já foi tema de livro, personagem de HQ, sua vida ganhou destaque nas telas de cinema. Sua popularidade é resultado do ciclo de oito anos como presidente da República, que transformou a vida de milhões de brasileiros/as. Após deixar o Planalto em 2010, ensaia novos voos e coleciona títulos e homenagens dentro e fora do Brasil.

A história que retrata a resistência do torcedor corintiano, inspira o enredo da Escola de Samba Gaviões da Fiel, no Carnaval Paulista em 2012. O samba ficará conhecido no próximo dia 7 de outubro, fase final do concurso iniciado há mais de um mês.

Luís Inácio Lula da Silva declinou de convites de outras agremiações. Fiel torcedor corintiano aceitou protagonizar o enredo "Verás que o filho fiel não foge à luta. Lula, o retrato de uma nação!", da Gaviões.

Na entrevista que concederam para a TV LD, o presidente da Gaviões da Fiel, Antonio Alan (Donizete), carnavalescos e trabalhadores justificam os motivos da escolha.

No cenário alvinegro, que conta a história do retirante, que chegou em São Paulo com a mãe e os sete irmãos, no ano de 1952, e passou de operário a presidente do Brasil, se misturam cores, ritmos e poesia. Numa das alegoria, o Timão do clube surge ao centro do sol sertanejo dando brilho ao personagem com chapéu de Lampião.

Nas 26 alas da Gaviões da Fiel, mais de 2 mil pessoas se preparam para contar na Passarela do Samba a história do representante do povo brasileiro e a resistência do corintiano.

As alas Cidadão-Profissão, que remete à criação do Partido dos Trabalhadores, e São Jorge, do sindicalismo em alusão à fundação da CUT, serão os destaques, garante o presidente da torcida.

Os carnavalescos Delmo Moraes, Igor Carneiro e Fábio Lima falam da responsabilidade de construir essa homenagem. Mais de 200 pessoas integram o time de trabalhadores e trabalhadoras responsáveis por preparar a pesquisa do enredo, harmonia, alegorias, adereços e fantasias. Um trabalho que foi iniciado em maio passado.

Dos 20 sambas apresentados, que passaram por quatro fases eliminatórias, dia 7 de outubro será escolhido aquele que se sagrará como hino do enredo e colocará um ritmo mais frenético aos ensaios da bateria, na quadra da Gaviões. Segundo Igor Carneiro, a ideia é "carnavalizar" a história do torcedor na poesia de cordel.

No barracão da Gaviões, somente os experientes. Ferreiros de Parintins (AM), responsáveis pelo Festival que tem como personagens centrais os bois-bumbás, Caprichoso e Garantido, fundem e montam as estruturas articuladas que darão glamour aos cinco carros alegóricos. Mulheres e jovens produzem adereços e detalhes de castelos de isopor que comporão a festa.

Para estes operários e operárias, orgulho e identidade são componentes que diferenciam o trabalho que terminará somente com a abertura dos envelopes de notas do juri.

As fantasias já podem ser adquiridas na própria quadra da escola de samba. Quem tiver interesse de integrar a ala "Profissão Cidadão", que conta a história do PT, deve entrar em contato com o departamento VIP, pelos telefones: 3334-1414 / 3334-1004 (com Lili) ou pelo email: vip@gavioes.com.br. No caso da ala "São Jorge", de fundação da CUT, o contato pode ser pelos telefones: (11) 7572-2020 / 8779-8600 (com Fernando) e e-mail: alasaojorge@gmail.com.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Secretaria de Mulheres acusa sexismo em propaganda de lingerie


Modelo Gisele Bündchen é apresentada vestindo apenas roupas íntimas para dar notícias "desagradáveis" ao marido. Para empresa, campanha usa apenas bom humor




São Paulo - A Secretaria de Políticas para as Mulheres recorreu ao Conselho de Autorregulação Publicitária (Conar) contra uma campanha de publicidade de TV da marca de lingerie Hope. Para o órgão do governo federal, os anúncios associam o "charme" da mulher à "exposição do corpo e insinuações" com o objetivo de "amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano".

No ar desde 20 de setembro, a campanha "Hope ensina" traz a modelo Gisele Bündchen vestindo apenas roubas íntimas para contar ao marido que bateu o carro, extrapolou o limite do cartão de crédito ou que a mãe irá morar na casa do casal. A estratégia permitiria deixar o homem "derretido".

"A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas", afirma a nota da secretaria.

Para o órgão, a campanha configura-se como discriminatória contra a mulher, o que representa infração aos artigos 1º e 5º da Constituição Federal. Apesar disso, nenhuma medida ação foi levada ao Judiciário. Além de recorrer ao Conar, a entidade encaminhou ofício à direção da empresa a partir de queixas registradas pela ouvidoria da secretaria.

A empresa reagiu, em nota apresentada nesta quarta-feira (28), negando haver caráter sexista na campanha. A empresa sustenta que a propaganda buscou sugerir, "de forma bem-humorada", que a "sensualidade natural da mulher brasileira" pode ser uma "arma eficaz" para "dar uma má notícia". O argumento é que, ao usar lingerie da marca, o "poder de convencimento será ainda maior".

Ainda segundo a empresa, os exemplos são cotidianos na vida de um casal que são "fatos desagradáveis, seja o agente da ação homem ou mulher". A escolha de uma modelo reconhecida internacionalmente foi uma opção para evitar que houvesse conotação de "subserviência ou dependência financeira da mulher" e para destacar que se trata de uma brincadeira.

"Seria absurdo se nós, que vivemos da preferência das mulheres, tomássemos qualquer atitude que desvalorizasse nosso público consumidor", conclui a nota. O Conar não se manifestou a respeito.


Juventude e ensino superior privado

Os jovens esperam a ação do Poder Público tanto na organização da vida social, por meio de políticas, quanto a fiscalização eficaz do cumprimento de leis.

*Por Geraldo Cruz


Este foi o recado deixado pelos mais de 300 jovens que participaram do Debate que promovemos no dia 17. De maneira, geral, as moças e rapazes que lá estiveram reivindicaram que os governantes promovam ações que possibilitem aos jovens, particularmente aos pobres, ter acesso a direitos já garantidos em lei (veja as propostas apresentadas no Debate).

Os jovens apontaram falhas em ações que já existem. Citaram normas que precisam ser revistas para permitir e estimular a participação juvenil na vida pública. Pediram fiscalização no cumprimento de leis... enfim, esperam que o Poder Público cumpra sua obrigação de zelar pelos interesses coletivos e públicos.

Acusaram os governantes de inércia e descaso para com a população juvenil pobre e marginalizada por diferentes razões, destacadamente, pela cor da pele, preferência afetivo-sexual e sexo.

Muito deve ser dito sobre cada um desses campos. Mas, ressalto aqui as demandas por Educação. O grupo salientou a necessidade de modificação nas grades curriculares do ensino médio, incluindo o profissionalizante, para que a escola possa responder às suas necessidades no processo de organização da vida. Em relação ao ensino superior, pediram a democratização do acesso à universidade pública de qualidade. Diagnóstico preciso e demanda urgente para o Estado de São Paulo, como demonstram os depoimentos e debates realizados nas reuniões da CPI que investiga o ensino superior privado em São Paulo, em curso na Alesp.

Nós do PT fomos contrários à instalação desta CPI por duas razões. Primeiro porque tanto a abertura quanto a avaliação das instituições privadas de ensino superior são atribuição do MEC, não sendo tema para ação parlamentar estadual. Depois porque o parlamento não tem competência para incidir sobre a iniciativa privada – nossa ação é de interlocução com as demais esferas do Estado.

No entanto, participando da CPI, constato que o crescimento do ensino superior privado em São Paulo está sim relacionado à ação do governo estadual, ou melhor, à sua omissão no ensino superior.

Em todo o Brasil, cerca de 74% das matrículas do ensino superior estão sob a responsabilidade da iniciativa privada. Desse total, 1/3 se concentra em São Paulo, atendendo 1,2 milhão de estudantes.

Assim como aconteceu em âmbito nacional, o número dessas instituições foi ampliado ao longo de quase toda a década de 2000, passando de 373 em 2000, para 555 em 2009, de acordo com informações do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo (Semesp).

A exemplo de outras empresas, e como evidenciam os depoimentos na CPI, as IES privadas são regidas pela lógica de seu próprio mercado e, frequentemente, os meios de comunicação anunciam fusões, compra e venda. 

Interessante notar que tais notícias se detêm sobre valores financeiros, mas não informam sobre o significado das transações sobre as modalidades e qualidade dos cursos ofertados.

Também, pouca visibilidade tem sido dada ao ensino a distância, modalidade que cresceu 685% entre 2003 e 2009 no setor privado em todo o País. 

Em São Paulo, a oferta de cursos pela iniciativa privada concentra-se no Direito, Administração e Pedagogia, que agregam mais de 26% do total de matrículas. Esta predominância, no entanto, é alterada quando se analisam as modalidades presenciais e a distância.

Consideradas as regiões administrativas do estado, verifica-se que o curso de Administração é o mais procurado no ensino presencial em 14 das 15 regiões. A exceção é a região de Registro, a que apresenta as piores condições socioeconômicas, onde a Pedagogia é o curso mais frequentado.

Já na modalidade a distância, Pedagogia é o mais procurado em todas as regiões.

De um lado, pode-se notar que as instituições privadas concentram sua atuação sobre cursos que exigem reduzido investimento em infra-estrutura, como equipamentos e laboratórios. 

De outro lado, considerada a prevalência do ensino superior privado sobre o público e a concentração da oferta nos cursos de Pedagogia, sobretudo no ensino a distância, pode-se afirmar que a iniciativa privada é responsável pela formação dos profissionais da educação que atuam na educação básica, esta sim, ofertada pelo Poder Público quase que na sua totalidade. Então, todas as vezes que governantes, imprensa e empresários acusarem os professores da rede pública de má formação, estão, na verdade, evidenciando a má qualidade do ensino ofertado pela iniciativa privada.

Têm razão as moças e rapazes que participaram do encontro da semana passada: a omissão do Estado fragiliza a defesa dos interesses públicos e perpetua as desigualdades.

* Geraldo Cruz é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores em São Paulo

** Acompanhe ao vivo as reuniões da CPI do ensino superior privado pela TV Alesp. Confira as datas na Agenda do Mandato Geraldo Cruz

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Francisco Gaspar fala de sua participação no filme "A Montanha"

Por Cecilia Figueiredo

3º Conferência Eleitoral do PT Macro Osasco O partido que transforma a região e constrói uma nova política


O PT Macrorregião Osasco irá realizar, no (domingo) dia 23 de outubro, a sua 3º Conferência Eleitoral para pensar estratégias eleitorais  e dar formação aos seus pré candidatos (prefeitos e vereadores) dos 16 municípios que compõe a nossa região.

O partido convida toda a sua militância, os pré-candidatos aos cargos de vereador e vereadora, a prefeito e a prefeitas, e aos filiados (as) para discutir sobre as estratégias e formas de atuações, nas eleições de 2012.


Será; Domingo,  23 de Outubro de 2011 – Embu das Artes – SP
Centro Cultural Valdelice Prass – Av. Aimará, S/nº - Parque Pirajuçara – Embu das Artes

Programação:

8h – Café da manhã cultural
9h – Abertura
9h30 – Mesa 1 – Conjuntura e apresentação das resoluções do 4º Congresso do PT
11h –  Mesa   2 – Legislação eleitoral
13h - Almoço
14h - Mesa 3 – Redes Sociais e participação popular – Propaganda e marketing eleitoral
16h – Intervalo Cultural
16h15 – Mesa  4 – Modo Petista  de se governar e Legislar 

Acompanhe os convidados (as) e a programação para compor mesas através do portal eletrônico: www.ptmacroosasco.org.br ou pelo telefone da sede do PT Macro Osasco 3682-6584


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem tem medo de enfrentar a corrupção?


Num período em que alguns setores tentam confundir o crescimento da “democracia representativa” com “censura”, recordar fatos e repassar a história nunca é demais.

Por Cecilia Figueiredo


Bastante oportuna e bem-vinda a chegada de mais uma home-page na Internet. “Brado Retumbante” é o nome do projeto, encabeçado pelo jornalista Paulo Markun – amigo de Vlado (Vladimir Herzog) e que sofreu os horrores da ditadura -, que se propõe a trazer à luz a história recente do Brasil, praticamente ignorada pelas novas gerações, que acabam sendo vítimas de estórias e fabulações de quem realmente lutou pela democracia no País e quem estava empenhado na manutenção do poder.

O projeto Brado Retumbante - do golpe às diretas, como o próprio autor revela no texto de apresentação, “pretende preencher essa lacuna, ampliando o conhecimento do grande público sobre o processo que levou ao fim da ditadura”.

Num período em que alguns setores tentam confundir o crescimento da “democracia representativa” com “censura”, recordar fatos e repassar a história nunca é demais.

Desde 2009, quando foi chamada a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) pelo então governo Lula, e o tema da regulação da mídia ganhou destaque no debate público, seis famílias que até então “controlavam” sem incômodos os grandes meios de comunicação, têm priorizado em páginas de jornais, revistas, nos telejornais e emissoras de rádio, a defesa da liberdade de expressão, que segundo eles, está ameaçada no país.

Foi o trato dispensado na cobertura da campanha eleitoral de 2010, na interpretação das resoluções da I Confecom, na discussão sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, onde o tema está incluído, nas palestras e colóquios realizados pelo Instituto Millenium (Imil) pelo Brasil adentro, que vem reunindo empresários da mídia do Brasil e afora, além de manifestações ditas populares.

Não por acaso os mesmos orquestradores dos atos de 7 e 20 de setembro. Grandes impérios da comunicação a serviços de seus próprios interesses e obviamente dos partidos políticos que os alimentam.

São os mesmos que outrora fabricaram candidaturas presidenciais, não participaram da Confecom – onde vários segmentos da sociedade estiveram presentes -, com raríssimas exceções, mas que bradam pela “liberdade de expressão”, que vem estimulando as manifestações contra a corrupção, creem que a saúde não carece de recurso, fizeram forte apelo pela derrubada da CPMF e para angariar apoio levaram muitos a jurarem que estão sendo tributados, ainda que estes nem conta em banco tenham ou utilizem cheque. Orientam: “Deixem por conta dos mercados! O Estado é incapaz! A Saúde é um ralo sem fim! A gestão pública é que faz com que a saúde esteja na UTI!” Tal qual mercadores da mais verdadeira verdade absoluta, consultores de plantão, às vezes Tonicos, Arnaldos, por outras Diogos, Miriams e Lucias, eles defendem a “transparência, ética e fiscalização”, mas nunca sobre as relações escusas com governos (como os do PSDB) que resultam em patrocínios, propagandas e aquisições com dispensa de licitação de “material didático”.

É como diz o professor de Comunicação e jornalista, Venício de Lima, manutenção do controle dos meios de comunicação de massa assegura o controle político de diferentes regiões do país e é isso que pretendem os defensores do “coronelismo eletrônico”.

Caso não fosse, por que então a grita de quem defende “democracia” não participar de fóruns com outros segmentos da sociedade, para definir os critérios das concessões de rádio e televisão? Por que temer ou fazer de conta que não há princípios norteadores da programação de emissoras, conforme prevê Art.221 da Constituição? Tão pouco o respeito à complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de comunicação e à regra que proíbe o monopólio da mídia.

Em setembro do ano passado, durante o pleito que elegeu Dilma, “intelectuais” lançaram o manifesto pró-imprensa contra o PT, no Largo São Francisco. Alguém lembra o episódio? Personalidades de nem tão diferentes setores assim, como caciques do PSDB, Afif Domingos, o jurista Hélio Bicudo, estudantes e uma penca de “candidatos” tucanos lançaram em ato público documento em defesa da democracia, da liberdade de imprensa e de expressão, do regime democrático e dos direitos individuais.

O objetivo, segundo eles, era barrar uma ‘marcha para o autoritarismo’ promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ao lado de Dilma, então candidata à Presidência, fez uso do direito à fala - conquista da democracia - e criticou o comportamento virulento da mídia durante a campanha eleitoral de 2010.

Assim como o debate enviesado sobre a descriminalização do aborto, da união estável entre pessoas do mesmo sexo, que durante a campanha eleitoral de 2010, foram utilizados pelos setores mais retrógrados da Igreja Católica – e descobriu-se em panfletos clandestinos impressos na gráfica de um dos coordenadores da Campanha do José Serra – para derrotar a hoje presidenta Dilma Rousseff, as campanhas em favor do voto distrital e contra a corrupção não voltam à baila agora por mera coincidência.

O Instituto Millenium realizou na semana passada seu 7º Colóquio, para debater o Voto Distrital ou Proporcional? Os participantes responderam em coro (quase unânime): distrital.

De acordo com o jornalista Paulo Henrique Amorim, a posição política da maioria dos convidados era única. O presidente do movimento Endireita Brasil foi o mediador dos debates, realizado na sede da Federação do Comércio de São Paulo.

Independente das posições políticas que assumimos na vida, todos temos o direito de discutir ideias, tentar influenciar outras pessoas. Faz parte do processo democrático. O que não dá é pra usar dinheiro público para beneficiar empresas particulares, como fez o sr. Governador Geraldo Alckmin, conforme foi denunciado no ato de 17 de setembro, no Masp. O que não dá é para que as concessões públicas de rádio e tevê sejam utilizadas para emitir a opinião e a ideologia de um só lado.

Nem mera coincidência de data, tampouco um despertar coletivo de um segmento da sociedade que não aguenta mais a impunidade.

Não é legal omitir informações, ainda mais quando se pretende respeitabilidade e influenciar a sociedade. Por exemplo, o blog do Brizola Neto informa que o domínio na Internet do “Eu Voto Distrital”, diferentemente do que vem sendo propalado de que é organizado pelo “Movimento dos Sem-Partido”, pertence à Associação Comercial de São Paulo, entidade que já foi presidida por Guilherme Afif Domingues.



Hora de determinação e ousadia


Economias que emitem moeda estão gerenciando a liquidez internacional sem considerar o bem coletivo. Estão recorrendo a taxas de câmbio subvalorizadas para garantir sua fatia dos mercados globais.

Por Dilma Rousseff


Vivemos dias turbulentos. A crise financeira de 2008 não acabou, especialmente nas economias avançadas. Com o crescimento ainda fraco, estes países tem adotado políticas monetárias extremamente expansivas, em vez de buscar um maior equilíbrio entre estímulos fiscais e monetários. As economias emergentes têm sustentado o ritmo de crescimento, mas não podem assumir o papel de motores globais sem ajuda.

Economias que emitem moeda estão gerenciando a liquidez internacional sem considerar o bem coletivo. Estão recorrendo a taxas de câmbio subvalorizadas para garantir sua fatia dos mercados globais. Esta onda de desvalorizações unilaterais cria um círculo vicioso que leva ao protecionismo no comércio e nas taxas de câmbio. Isso tem efeitos devastadores para todos, mas especialmente para os países em desenvolvimento.

O grande desafio para os próximos anos é tratar da dívida soberana e dos desequilíbrios fiscais em alguns países, sem parar — ou reverter — a recuperação global.

Só o crescimento econômico, baseado em distribuição de renda e inclusão social, pode gerar os recursos para pagar a dívida pública e cortar déficits. A experiência da América Latina nas últimas décadas mostra quanto a recessão traz em perda de produção, aumento das desigualdades sociais e desemprego.

Se pretendem superar a crise, as maiores economias do mundo deveriam dar sinais claros de coesão política e coordenação macroeconômica. Não haverá recuperação de confiança ou crescimento sem maior coordenação entre os países do G-20. É vital — para a Europa em particular — que se recupere o espírito de cooperação e solidariedade demonstrado no ápice da crise.

É por isso que o Brasil apoia o Quadro para Crescimento Forte, Sustentável e Equilibrado do G-20, que precisa ser gerenciado por todos e para todos, sem exceção.

Outras iniciativas são necessárias no campo internacional: maior regulamentação do sistema financeiro, para minimizar a possibilidade de novas crises; redução dos níveis de alavancagem. Precisamos avançar com as reformas das instituições financeiras multilaterais, aumentando a participação dos países emergentes que agora têm a responsabilidade primária pelo crescimento econômico global.

É urgente combater o protecionismo e todas as formas de manipulação das moedas, que promovem competitividade espúria às custas de parceiros comerciais. O G-20 pode oferecer uma resposta coordenada, na qual as grandes economias ajustem políticas fiscais, monetárias e/ou de câmbio, sem medo de atuar isoladamente. Um sistema aberto de comércio global requer a sensação de confiança mútua.

Enquanto isso, ameaçados pela entrada de capital largamente especulativo e pela rápida e insustentável apreciação de suas moedas, os países em desenvolvimento que adotam taxa de câmbio flutuante, como o Brasil, são forçados a adotar medidas prudenciais para proteger suas economias e suas moedas nacionais. Não vamos sucumbir a pressões inflacionárias vindas de fora. Com firmeza e serenidade vamos manter a inflação sob controle, sem abrir mão do crescimento econômico, que é essencial se vamos promover a inclusão social. Nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a estabilidade dos preços não é negociável e a sintonia de nossa política econômica sempre vai trabalhar com este objetivo.

Quanto às políticas de longo prazo, o Brasil reconquistou a capacidade de planejamento em campos como a energia, o transporte, o setor habitacional e o saneamento, ao redefinir o papel do estado no desenvolvimento da infraestrutura social.

A descoberta de grandes reservas de petróleo em águas profundas vai abrir um novo ciclo de industrialização, especialmente nos setores naval, petroquímico e de bens de capital; também vai permitir ao Brasil criar um fundo especial para investir em políticas sociais, científicas, tecnológicas e culturais.

O país fortaleceu as empresas estatais como a Petrobras, a Eletrobras e os bancos públicos para induzir o desenvolvimento. Através de mecanismos de defesa comercial, apoiados nas regras da Organização Mundial do Comércio, o Brasil não vai permitir que sua indústria seja ameaçada pela competição injusta.

O Brasil também tem compromisso com a luta contra o desmatamento, especialmente na Amazônia; com a promoção da agricultura sustentável; com o fortalecimento de uma matriz energética variada. Estou convencida da necessidade de consolidar estas conquistas, assim como estou certa de que temos responsabilidade pelo reequilíbrio da economia mundial. É hora de os líderes globais agirem com determinação e ousadia. É isso o que o mundo espera de nós.

*Texto publicado originalmente no Financial Times

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Crise global é também de governança e de coordenação política, afirma Dilma na ONU


Economia Internacional Política

Yara Aquino

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Ao discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidenta Dilma Rousseff disse que a crise global é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política. Dilma destacou que, se a situação não for contida, pode se transformar em uma "grave ruptura política e social" sem precedentes.
Primeira mulher a discursar na abertura da assembleia da ONU, Dilma defendeu a necessidade de esforços de integração das nações para a superação da crise e retomada do crescimento. “Não haverá retomada da confiança e do crescimento enquanto não se intensificaram os esforços de coordenação entre os países integrantes da ONU e das demais instituições multilaterais como o G20, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial”.
Para ela, “a ONU e essas organizações precisam emitir com máxima urgência sinais claros de coesão política e de coordenação macroeconômica”.
Dilma disse ainda que o Brasil está apto a ajudar os países em desenvolvimento e que é preciso lutar contra o desemprego no mundo.

Edição: Talita Cavalcante

Acompanhe o vídeo:


domingo, 18 de setembro de 2011

Dica de Filme: Uma noite em 67


Uma noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil, faz um recorte afetivo sobre a Era dos Festivais. O filme é desdobramento da monografia de conclusão do curso de Comunicação de Renato Terra, em 2003. Ao se encontrar com o jornalista Calil, que foi seu chefe no iBest, Terra encontrou a parceria necessária para compartilhar a ideia de retratar um período emblemático na história da música popular brasileira: a noite de encerramento do Festival da Record de 1967.

"O projeto inicial era fazer um documentário sobre a Era dos Festivais. Foi nessa sala onde apresentamos a ideia para o João Moreira Salles, já com o propósito de fazer o filme a partir do Festival de 67. Acho que foi isso que conquistou ele, que falou uma frase famosa entre os documentaristas: 'Se você quer fazer um documentário sobre Correios faça um documentário sobre uma carta'. A intenção era fazer um filme a partir do Festival de 67, mas que falasse da Era dos Festivais. Partimos para as entrevistas com isso na cabeça. Nunca quisemos esgotar o assunto da Era dos Festivais. Desde a ideia de fazer o filme até o lançamento são sete anos...", afirma Terra, codiretor do filme que recebeu o apoio da Videofilmes, disponibilizando a equipe que participou dos documentários de Eduardo Coutinho.

"1967 é considerado entre críticos, de forma unânime, o festival musicalmente mais rico. As quatro primeira colocadas são grandes clássicos da música que sobreviveram muito bem ao tempo. É um ponto de inflexão na música brasileira, o momento em que Gil e Caetano trazem elementos de fora para a música popular brasileira, representada pela guitarra elétrica. Existe um embate fundamental da música brasileira, essa tensão entre tradição e modernidade", defende Calil.

Entre os 12 finalistas do festival, Chico Buarque e o MPB4 vinham com "Roda viva"; Caetano Veloso, com "Alegria, alegria"'; Gilberto Gil e os Mutantes, com "Domingo no parque"; Edu Lobo, com "Ponteio"; Roberto Carlos, com o samba "Maria, carnaval e cinzas"; e Sérgio Ricardo, com "Beto bom de bola". As quatro músicas que dominaram a competição foram "Ponteio", "Domingo no parque", "Roda viva" e "Alegria, alegria". Os músicos, hoje ícones da MPB, participam do filme com histórias emocionadas sobre o encontro, entre aplausos, vaias e guitarras estridentes, como o raro depoimento de Roberto Carlos.

"Foi Zuza Homem de Mello, consultor do filme, que conseguiu o acesso ao Roberto Carlos. Zuza é um grande historiador da Era dos Festivais, é crítico musical respeitadíssimo e uma pessoa muito querida, muita gente tem um carinho enorme por ele", diz Renato Terra.

Além de depoimentos das estrelas do festival, os diretores conseguiram imagens inéditas dos bastidores do Teatro Paramount, em São Paulo, onde os jornalistas Randal Juliano e Cidinha Campos, hoje deputada, roubam a cena com entrevistas hilárias. Com a montagem de Jordana Berg, privilegiando o diálogo de depoimentos atuais e imagens de arquivo, a dupla ouviu pessoas que participaram diretamente do festival, entre eles o jornalista (e jurado) Sérgio Cabral e o diretor da Record Paulinho Machado de Carvalho.

"Se tivéssemos que ir pelo esquema tradicional, comprar minutos de arquivo, seria um filme muito caro. Nunca fizemos as contas, mas talvez 40% do filme sejam de imagens de arquivo. É um tesouro da música brasileira, tentamos aproveitar ao máximo. Sempre que a gente desanimava com o filme a gente olhava de novo as imagens de arquivo, se emocionava", diz Ricardo Calil.

Machado de Carvalho dá um depoimento polêmico, que faz entender melhor a atitude do músico Sérgio Ricardo ao quebrar o violão e atirar na platéia, que vaiava ensandecida sua interpretação de "Beto bom de bola":

"Para o êxito do megaespetáculo era preciso escolher o mocinho, o bandido, a heroína..."

Mais do que um resgate sobre os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 1960 no Brasil, o documentário Uma noite em 67 é uma sensível reflexão sobre o tempo. É assistir e se emocionar.



sábado, 17 de setembro de 2011

Manifestação na Paulista pede democratização da comunicação


Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Cerca de 100 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram hoje (17), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, de uma manifestação pela democratização da comunicação no Brasil. Organizado pelo Movimento dos Sem Mídia, o objetivo é cobrar dos veículos de comunicação uma cobertura imparcial dos casos de corrupção no Brasil, independentemente da esfera de governo e do partido envolvido nas denúncias.

De acordo com Antonio Donizete da Costa, um dos organizadores da manifestação, o movimento lançou também uma campanha nacional de apoio à democratização e regulamentação dos meios de comunicação. “Aqueles que quiserem apoiar a campanha poderão se manifestar por meio de um abaixo-assinado que ficará disponível no Blog da Cidadania”, disse Donizete. O documento será encaminhado para a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, da Câmara Federal.

O Movimento dos Sem Mídia reivindica ainda a descriminalização dos movimentos sociais. “A mídia trata muito a questão de movimentos sociais como se fosse caso de polícia e quem fazia isso era a ditadura militar. Hoje estamos em um regime de pleno Estado de Direito e democrático. Essa postura da mídia também é nociva para a sociedade”, declarou.

Lula comemora os cinco anos da UFABC


Acompanhado do ministro da Educação, Fernando Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (16) da festa de comemoração de cinco anos da Universidade Federal do ABC (UFABC), fundada em 2005 durante o seu primeiro mandato.

Lula contou que é chamado com muita freqüência para fazer palestras no exterior. “E quando me convidam, eu pergunto: ‘Qual é o assunto?’. [e as pessoas dizem] ‘Nós queremos saber qual foi o milagre desse país que colocou 40 milhões de pobres na classe média, que tirou 28 milhões da extrema pobreza, que criou o Prouni [Programa Universidade para Todos], que colocou 912 mil alunos da periferia para fazer universidade.’”, afirmou o ex-presidente durante o discurso feito a alunos e professores da universidade, no campus de Santo André (SP).

O ex-presidente lembrou que, durante oito anos de mandato, fez reuniões anuais com reitores de todas as universidades federais e com diretores de escolas técnicas, e aprovou o piso nacional para professores.
Além de Haddad, estavam presentes na cerimônia o reitor da UFABC, Helio Waldman, o deputado federal Vicentinho (PT-SP), o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luís Marinho (PT), e o ex-prefeito de Santo André, João Avamileno (PT).

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Paulo Teixeira cita exemplos de países europeus que aumentaram a alíquota do imposto dos mais ricos


O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), destacou ontem (13) a importância de o Congresso discutir novas fontes de financiamento para a saúde, na esteira da apreciação da Emenda 29, que trata dos recursos necessários ao setor. Uma das possibilidades aventadas por ele é o aumento dos impostos para os milionários, como alguns países europeus têm feito, a exemplo de França e Portugal, como forma de enfrentar a crise econômica. “Nós precisamos definir os meios de financiamento da saúde”, afirmou.

Paulo Teixeira lembrou que o setor tem necessitado cada vez mais de recursos, devido ao aumento da expectativa de vida da população e ao custo crescente com novas tecnologias utilizadas. “Não podemos negar o acesso a bens de qualidade ao povo mais pobre. Esse debate não acabou. Nós vamos enfrentá-lo da maneira mais correta, fazendo com que as pessoas com mais renda paguem mais impostos para garantir uma saúde de qualidade ao povo brasileiro”, declarou o líder.

Ele lembrou que a França já aumentou em 3% a alíquota do imposto de quem ganha mais de 500 mil euros por ano, e Portugal, em 2,5% dos que ganham mais de 153 mil euros anuais. Outro exemplo citado por Paulo Teixeira é o do bilionário Warren Buffett, dos EUA: ele pediu aumento de impostos para os mais ricos, alegando que pagam menos impostos do que seus empregados. Na Itália, Di Montezemolo, presidente da Ferrari, também defendeu impostos maiores para os ricos.

Na opinião do líder petista, os problemas na área de saúde no Brasil agravaram-se depois da atitude “predatória” da oposição que, em 2007, derrubou no Senado a prorrogação da CMPF, tributo destinado especificamente ao custeio da saúde pública, da previdência social e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza. Para o líder, a oposição PSDB e DEM foi “movida pelo sentimento subalterno da vingança contra o então presidente Lula”. Com isso retirou-se do sistema mais de R$ 20 bilhões anuais destinados à saúde.

Paulo Teixeira observou que a oposição não só prejudicou a saúde. “A CPMF também desempenhava um papel importante como instrumento de combate à sonegação. Assim, num só movimento, a oposição conseguiu prejudicar os milhões de usuários do SUS e proteger os sonegadores”.

Comissão Geral

Está prevista para o dia 20 de setembro próximo uma Comissão Geral, no plenário da Câmara, para debater a regulamentação da Emenda 29 e, inevitavelmente, a questão do financiamento da saúde pública. Entretanto, para o líder do PT neste ano não há uma massa crítica necessária para se votar novas fontes de financiamento para a saúde.




terça-feira, 13 de setembro de 2011

A prefeita de Jandira Anabel Sabatine (PSDB) foi afastada do cargo


O presidente da Casa de Leis, Wesley Teixeira (PSB), segundo na linha sucessória, assume a prefeitura de Jandira

A prefeita de Jandira Anabel Sabatine (PSDB) foi afastada do cargo pela Câmara Municipal, durante 90 dias. Com isso, o presidente da Casa de Leis, Wesley Teixeira (PSB), segundo na linha sucessória, assume a prefeitura. Já o vereador José Neto fica com o comando do Legislativo.

Por seis votos a quatro, a Câmara acatou uma denúncia do munícipe Reinaldo dos Santos, que apontava supostas irregularidades administrativas cometidas pela prefeita, como fraude em processo licitatório, nepotismo, desvio de verbas do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), e o fato de Anabel residir em outro município, o que é vedado pela Lei Orgânica.


Agora, uma comissão presidida pelo vereador Reginaldo Camilo dos Santos (PT), o Zezinho, irá investigar as denúncias contra a tucana. Ao final dos 90 dias, a comissão redigirá um relatório que será apreciado pelo plenário da Casa. Se forem contatadas irregularidades, os vereadores podem optar pela cassação da prefeita.

Fonte: www. webdiario.com.br
por Aline Lamas

Governo estuda aumentar tempo que aluno fica na escola


Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Educação e entidades do setor estudam aumentar o número de horas do aluno na escola. As possibilidades em análise são elevar a carga horária diária, que hoje é de 4 horas, ou ampliar o número de dias letivos, atualmente definido em 200 dias, informou o ministro Fernando Haddad.
Atualmente, a criança ou o adolescente devem ficar 800 horas por ano na sala de aula, carga considerada baixa quando comparada a de outros países, segundo Haddad.
“O aprendizado está relacionado à exposição ao conhecimento. Há um consenso no Brasil de que a criança tem pouca exposição ao conhecimento seja porque a carga horária diária é baixa ou porque o número de dias letivos é inferior ao de demais países”, disse o ministro, após participar da abertura do Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente, promovido pelo movimento Todos Pela Educação.
Para manter o estudante mais tempo na escola, Haddad avalia antecipar a meta de ter metade das escolas públicas funcionando em regime integral, prevista para ser cumprida até 2020, ou até mesmo enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional. “Não vamos encaminhar projeto de lei antes de receber o aval daqueles que vão executar isso. A ideia é aumentar o número de horas por ano que a criança fica sob a responsabilidade da escola”, explicou.
O estudo está sendo feito em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
O ministro reconhece que a medida exigirá mais recursos da pasta. Segundo ele, uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão no Congresso Nacional, é elevar para 7% do Produto Interno Bruto (PIB) os investimentos no setor. O novo PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir até 2020.

Edição: Lílian Beraldo

Entrevista de Dilma para o programa Fantástico


Fonte:www.dilma.com.br

A presidenta Dilma Rousseff concedeu entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, exibida ontem . A entrevista foi dividida em dois blocos, sendo o primeiro no Palácio da Alvorada, onde a presidenta conversou com a apresentadora Patrícia Poeta sobre o seu dia a dia.
Na segunda parte, já no Palácio do Planalto, a presidenta falou sobre a crise financeira internacional, política e economia. Confira alguns trechos e da entrevista, que pode ser vista e lida aqui na íntegra:
Crise econômica mundial: “Nós temos um mercado interno crescente e vamos combater essa crise crescendo”.
Inflação: “A inflação é algo que sempre tem de nos preocupar, sabe, Patrícia? Você sempre tem de ter um olho no crescimento e o outro olho na inflação.”
Copa do Mundo de 2014: “Ah, tenho absoluta certeza [de que o Brasil estará preparado para a Copa do Mundo de 2014] (…). Porque nós vamos ter nove estádios ficando prontos até dezembro de 12. No máximo início de 13. Tempo de sobra para a Copa (…). Aeroportos, nós estamos com três aeroportos em licitação, já totalmente formatada a engenharia. Vamos fazer essas licitações no final desse ano”.
Combate à corrupção: “Tem vários ossos do ofício de ser presidente. O caso, por exemplo, da luta contra a corrupção é osso do oficio da Presidência, ou seja, é intrínseco à condição de presidente zelar para que o dinheiro público seja bem gasto. Depois, eu tenho uma responsabilidade pessoal também nessa direção”.
Base aliada: “Nós montamos um governo de composição. Caso ele não seja um governo de composição, nós não conseguimos governar. A minha base aliada, ela é composta de pessoas de bem”.
Papel de avó: “Olha, eu vou te falar, é um papel fantástico. É mãe com açúcar (…). Fico o dia inteiro com ele [o neto, Gabriel]. Brinco, levo ele pra nadar (…), faço tudo que toda avó faz, tudo”.

Confira o video com a entrevista na integra:

Paridade já, as mulheres não podem esperar"


Por Valdir Roque

O momento é histórico! Temos de comemorar uma vitória forjada a muitas mãos e com a cumplicidade e decisão daquelas que não se dobraram a argumentos conservadores ou burocráticos. A paridade entre mulheres e homens nas direções, delegações e comissões do PT é um passo gigantesco na correção das desigualdades históricas, que o partido combate não só em discurso, mas na prática. Não foi por acaso que elegemos a primeira Presidenta do Brasil.

Agora, não podemos desprezar o alcance desta mensagem à sociedade. O futuro é de muitas tarefas. Nosso foco tem de ser a reforma política. Não é legitimo e nem mesmo "natural" que as mulheres, 98 milhões (52% população brasileira), ocupem 9% das cadeiras na Câmara Federal.

O PT, para dar consequência à resolução do IV Congresso, tem de apoiar desde já a paridade entre mulheres e homens em lista, para que possamos mudar a atual situação de déficit democrático da sociedade brasileira: a subrepresentação das mulheres nas esferas de poder.

Devemos apoiar o financiamento público exclusivo, para contribuir para o fim da distorção. Da forma como está, e inclusive a solução proposta no relatório da Reforma Política, não resolverá o acesso reduzido das mulheres aos recursos financeiros, inclusive os do partido.

Não podemos esquecer: na última campanha, as mulheres tiveram 60% menos recursos que os homens, em todos os partidos, segundo estudo de Teresa Sacchet.

Portanto, chegou a hora de as mulheres do PT, as dos demais partidos, também, os movimentos feministas e de mulheres, gritarem: "Paridade já, as mulheres não podem esperar". Esse foi o slogan que nos conduziu à vitória no PT e é a mensagem que precisamos ampliar para todo o Brasil.

Somente assim, poderemos construir uma sociedade democrática que aponte para um país de mulheres e homens livres.

A tarefa é voltar à organização, formação; politizar, juntar e trazer as mulheres do PT para uma militância mais ativa, mais protagonista. Vamos, daqui a dois anos, ter eleições internas. Esta será a hora de as "mulheres" beberem água.

Cabe ainda lembrar da responsabilidade e do protagonismo do PT para o aumento da participação das mulheres na política e no mundo público em nosso país.

Em 1991, no 1º Congresso do PT, aprovamos um conjunto de políticas de ação afirmativa, entre as quais a cota de 30%, que permitiu que muitas mulheres, inclusive eu, se tornassem dirigentes no partido.

Essa conquista não ficou intramuros do PT. As companheiras Benedita da Silva, deputada federal pelo Rio de Janeiro, e Marta Suplicy, deputada federal por São Paulo, apresentaram respectivamente no Senado Federal e Câmara dos Deputados iniciativa parlamentar que transformou em obrigatoriedade a presença de 30% das mulheres nas chapas proporcionais.

A Central Única dos Trabalhadores, o Partido Comunista do Brasil, o Partido Verde e Partido Democrático Trabalhista seguiram por esse caminho. Assim, as cotas para as mulheres foram sendo incorporadas nas direções de importantes representações.

É certo que as cotas não resolveram a participação das mulheres na política, ou seja, não houve o aumento substancial que esperávamos no parlamento, mas se reconheceu que existe uma exclusão e que esta é construída socialmente. Também se reconheceu que os partidos, os movimentos sociais e a sociedade devem criar mecanismo para ampliar a representação das mulheres e isto tem de estar em pauta na agenda política do país.

Já neste 3 de setembro, o PT deu uma resposta afirmativa e resoluta à onda conversadora que tem pautado nosso país há muito tempo, e, em especial, durante os processo eleitorais. O PT respondeu à altura ao machismo, à homofobia, à lesbofobia e aos ataques de setores fundamentalistas que querem trazer trevas à democracia que às duras penas nosso país tem construído.

E também é importante recordar que foi muito simbólico no 13º Encontro Nacional aprovarmos que os/as parlamentares do PT deixassem a "Frente em Defesa da Vida, contra o aborto", resolução que ainda continua sendo descumprida por muitos que insistem em fechar os olhos aos direitos das mulheres.

Ainda no III Congresso, novamente, nosso partido foi testado e respondeu afirmativamente aos direitos das mulheres, apesar de muitas companheiras e companheiros utilizarem o argumento da onda conservadora para tentar impedir que pautássemos o debate da discriminalização do aborto. As delegadas, sempre em minoria, e os delegados aprovaram a pauta histórica do movimento feminista e de mulheres.

Não foi diferente no IV Congresso. Vimos o Coletivo Nacional de Mulheres do PT aprovando uma resolução inequívoca em defesa da paridade entre mulheres e homens, o que impulsionou uma campanha para que chegássemos à conquista desse direito.

E é bom esclarecer que em nenhum momento debatemos a possibilidade de aceitar uma proposta de cota de 40% com regime de transição. Sabíamos que isto nos distanciaria ainda mais do centro político no qual são tomadas as decisões. Rechaçamos porque somente poderia entrar em vigor em 2017, quase quarenta anos após a primeira medida de ação afirmativa aprovada pelo PT.

Nesse processo de discussão da paridade no PT, o que nos guiou foi a certeza de que "não há patamar garantido e ganho na política", mas, sim, que a movimentação e mobilização, a quente, no ambiente do Congresso, pode mover posições. E foi isto que assistimos, e foi por isso que vencemos.

Parabéns às delegadas e delegados do IV Congresso! Parabéns às militantes que não estiveram no Congresso, mas que vibraram, em todos os sentidos, pela nossa conquista! Parabéns às que serão beneficiárias dessa nova regra que somente um partido como nosso poderia apresentar à sociedade brasileira, ao se reinventar a cada chamado das lutas!

* Valdir Roque é coordenador da Macrorregião - Osasco

domingo, 11 de setembro de 2011

Minhas lembranças do 11 de setembro

Reproduzimos o artigo postado no Blog do Emir, no qual o cientista político e escritor relembra o 11 de setembro de 1973, quando o presidente do Chile, Salvador Allende se preparava para fazer um pronunciamento ao país e sofreu o golpe militar.

Por Emir Sader

Não era a primeira vez que eu despertava com o ruídos dos aviões sobrevoando a região. Dois meses e meio antes, no final de junho, tinha vivido essa circunstância angustiante. Tinha descido correndo até o Palácio da Moeda, que ficava a duas quadras do prédio de apartamento central onde eu morava.

A imagem era a que voltaria a presenciar poucas semanas depois: tropas cercando o palácio presidencial. Setores das FFAA mais radicalizados forçavam o resto das instituições militares a acelerar o golpe em preparação. Mas as condições não estavam dadas, a tal ponto que o Comandante-em-chefe das FFAA ainda era leal a Allende – Carlos Prats, que percorreu todos os quarteis rebelados e, com argumentos e força moral, conseguiu a rendição dos golpistas.

Nessa noite, com a Praca da Constituição, em frente ao Palácio da Moneda, mais lotada do que nunca, Allende optou por consagrar as autoridades militares vigentes, não apenas, com justiça, a Prats, mas aos comandantes das outras armas, suspeitos de estar nas articulações golpistas. Estes seguiram seus planos, conseguiram tirar Prats e substituí-lo por Pinochet que passou, agora de dentro do governo mesmo, a articular o golpe.

No dia 4 de setembro, aniversário da vitória eleitoral de Allende, três anos antes, a maior multidão que o Chile tinha conhecido saiu às ruas para expressar seu apoio ao governo. Mas nada brecou as articulações golpistas. Quando Allende se preparava, dia 11 à noite, para fazer um pronunciamento ao país em rede de radio e televisão, os militares golpistas, alertados por Pinochet, anteciparam o golpe, aproveitando-se também das manobras militares de um porta-aviões norteamericano, no porto de Valparaíso.

Assim, poucas semanas depois, voltei a ser acordado pelo zumbido dos aviões sobrevoando. Desta vez não havia dúvidas que era uma nova tentativa de golpe, desta vez a definitiva. Desci da mesma maneira e fui à Praça da Constituição. Desta vez o Palácio da Moeda estava cercado por um contingente claramente maior de tropas.

Santiago já estava sendo ocupada, Valparaíso era a sede do movimento golpista, que tomava as rádios e TVs e Pinochet anunciava o ultimato a Allende, com prazo do meio dia, hora em que o Palácio da Moeda seria bombardeado. Paralelamente mandaram a Allende a proposta de que ele abandonasse o Palácio, com seus parentes, para ser enviado por helicóptero ao exterior. Ressoou por toda a Cordilheira o palavrão com que Allende rechaçou a oferta dos golpistas.

Allende se dirigiu pela última vez ao povo na rádio da central sindical, seu famoso discurso em que nanuncia que “mais cedo do que se imagina as grandes alamedas da democracia se reabrirão no Chile”. E seguiu resistindo, a partir da janelinha mais alta do Palácio, de onde se dirigia ao povo, com o capacete que os mineiros tinham dado a ele a o fuzil soviético AK-47 que Fidel tinha lhe presentado. Allende, um pacifista por excelência, empunhava armas para defender a democracia e o mandato que o povo lhe havia concedido.

O prazo foi adiado um pouco, mas finalmente os caças bombardeiros ingleses despejaram todo seu poder de fogo sobre o palácio presidencial, símbolo da extraordinária continuidade democrática chilena, só rompida, até ali, em dois breves momentos, desde 1830. A imagem que se reproduz sempre é significativa do que se vivia naquele momento: um presidente legitimamente eleito pelo povo chileno, cercado pelos militares golpistas, bombardeado, como resultado de um complô que tinha se iniciado assim que Allende ganhou as eleições, antes mesmo que tomasse posse.

Em reunião no Salão Oval da Casa Branca, Agustin Edwards, proprietário do jornal El Mercurio, se reuniu com Nixon e com Kissinger, começando a planejar o golpe. Kissinger afirmou que era preciso “salvar o povo chileno das suas loucuras”. Essa articulação desembocou no golpe, na destruição da ditadura chilena e na instauração do regime mais feroz que o Chile conheceu.

Allende preferiu o suicídio a abandonar o Palácio vivo. Neruda morre poucos dias depois de 11 de setembro. Victor Jara teve seus pulsos amputados e morreu no então Estadio Chile, rebatizado no fim da ditadura como Estadio Victor Jara. Milhares de pessoas foram presas, torturadas, assassinadas, desaparecidas, exiladas. A democracia chilena foi destruída, com ela o Parlamento, a Justica, os sindicatos, os partidos políticos, a imprensa democrática.

Tudo começou naquele 11 de setembro. Fui detido, junto com outros brasileiros, numa delegacia de polícia, assim que o toque de recolher foi suspenso e pudemos sair à rua. O Estádio Chile estava superlotado, não sabiam o que fazer com tanta gente esperando nas delegacias. Antes que voltasse o toque de recolher, liberaram uma parte dos presos, com o que pudemos ser liberados. Há 38 anos. O Chile começava a viver apenas o início do inferno de terror da ditadura pinochetista.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Emprego na indústria cai 0,1% na passagem de junho para julho

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O nível de emprego na indústria brasileira caiu 0,1% em julho em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período de 2010, houve alta de 0,4%. Embora este tenha sido o 18º resultado positivo consecutivo nesse tipo de análise, foi o menos intenso desde fevereiro do ano passado, quando a taxa ficou em 0,8%. Nos sete primeiros meses do ano, o emprego na indústria acumula expansão de 1,7%, e nos últimos 12 meses, de 2,7%.

De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação anual, as contratações superaram as demissões em 11 dos 18 setores investigados. Os destaques foram alimentos e bebidas (3,5%), meios de transporte (6,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,3%). Já as principais quedas do nível de emprego foram observadas em papel e gráfica (-9,6%), vestuário (-4,7%) e calçados e couro (-6,3%).

Entre as regiões, nove das 14 tiveram expansão nas contratações, superior ao registrado em julho de 2010. As principais contribuições positivas partiram do Paraná (6,8%), da Região Norte e Centro-Oeste (2,8%) e de Minas Gerais (2,1%). Já em São Paulo, houve queda de 2%.

Em julho de 2011, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria teve leve aumento de 0,1% em relação ao mês de junho, quando houve redução de 0,6%. Na comparação com julho de 2010, o número de horas pagas subiu 0,3%.

Já o valor da folha de pagamento desse contingente de trabalhadores aumentou 0,1% na passagem de um mês para o outro, e 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Edição: Juliana Andrade


Fracasso na Educação também em São Paulo


A exemplo da paralisação dos professores em Minas Gerais, que hoje entra no 93º dia em função de ações de espionagem do governo estadual, em São Paulo, a educação também é exemplo de insucesso.

Por José Dirceu


Acabei de falar do completo fracasso de um governo do PSDB em Educação - o de Antônio Anastasia, em Minas - Clique aqui e leia "Governo tucano de Minas espiona professores em greve") - e me deparo com insucesso na mesma área, dos governos da parceria demotucana na capital paulista.

Por constatarem "inoperância" do poder público em evitar que as crianças abandonem a escola, um juiz e o Ministério Público paulista instauraram ação pela qual decidiram cobrar do prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB, agora PSD) a "reversão do quadro de evasão" na rede pública.

O processo foi instaurado a partir de documento enviado à Promotoria pelo juiz Alberto Gibin Vilela, da Vara da Infância de São Miguel Paulista, Zona Leste paulistana. O magistrado destaca a "inoperância dos mecanismos municipais para coibir evasão" e solicita "providências para compelir o poder público a assumir suas responsabilidades".

Conselhos tutelares trabalham em situação precária

A legislação brasileira determina que quando uma criança começa a faltar, o diretor da escola deve avisar o conselho tutelar e se o problema não for resolvido, a Justiça deve ser acionada. Conselheiros tutelares paulistanos queixam-se, no entanto, de que as escolas municipais da capital demoram a comunicá-lhes e que trabalham sem estrutura adequada para atender a todos.

Em resposta a esse ofício do juiz, o Grupo de Atuação Especial de Educação da Promotoria instaurou inquérito no mês passado para "apuração e combate à evasão escolar" em São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo e Itaim Paulista - todos bairros de população carente da Zona Leste da capital. Mas, o Grupo Especial avisa que a medida pode ser ampliada.

Bom, mas em matéria de fracasso, os governos demotucanos de São Paulo - Estado e capital - têm para todos os gostos. Esse da evasão na Educação é só mais um na área e mais um um fracasso da gestão tucana-Kassab em São Paulo. O prefgeito governa a cidade há sete anos em parceria com o PSDB, de quem herdou a prefeitura em substituição ao prefeito José Serra que, eleito, governou apenas um ano e quatro meses.

O fracasso agora é na educação. No começo da semana foi no metrô (que recebeu sua pior avaliação dos últimos 14 anos), na semana passada no transporte público em geral e na saúde... Como vemos o quadro é desalentador.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Governo Lula ampliou número de empregos públicos em 30%

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A ocupação na administração pública brasileira registrou aumento de 30,2% entre 2003 e 2010, de acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje (8), que apontou a existência de 5.883.433 de servidores públicos no final do ano passado, sendo 5.300.760 estatutários e 582.673 celetistas (com contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT).

Elaborado pelos pesquisadores José Celso Cardoso e Roberto Nogueira, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo revela que a maior expansão do número de funcionários públicos, 39,3%, deu-se no setor municipal, seguido pela esfera federal (30,3%), governos estaduais (19,1%) e empresas estatais (11,5%).

A pesquisa do Ipea, intitulada Ocupação no Setor Público Brasileiro: Tendências Recentes e Questões em Aberto, revela, contudo, que o movimento de recomposição de pessoal se mostrou suficiente apenas para repor o estoque de servidores ativos existentes em 1995 (5.751.710).

O que os pesquisadores notaram, de lá para cá, foi um crescimento gradativo do número de servidores estatutários, que representavam 78,5% do total em 1995, evoluíram para 83,5% em 2002 e, no final de 2010, equivaliam a 90% do universo de servidores públicos. Em sentido contrário, o número de celetistas foi reduzido em mais da metade no mesmo período, de 1.235.540 para 582.673.

Ao longo do período em análise houve preocupação em conferir maior capacidade burocrática ao Estado brasileiro, observado no reforço de carreiras de áreas estratégicas, como advocacia pública, arrecadação e finanças, controle administrativo, planejamento e regulação. Em contrapartida, a pesquisa observou “persistência da diretriz política de baixa estatização do setor produtivo estatal”.

A despeito do crescimento do estoque de servidores ativos de 2003 para cá, o número de militares e servidores civis no final do ano passado era menor que em 1991. Dos 992 mil servidores que o país tinha naquele ano, 662 mil eram civis e 330 mil, militares. Em dezembro de 2010, dos 970,6 mil funcionários públicos, 630,5 mil eram civis e 340 mil, militares.

A pesquisa do Ipea constatou ainda que houve melhora significativa no nível educacional dos servidores públicos, em especial, a partir da obrigatoriedade de contratações mediante concurso público. Verificou também que as mulheres constituem minoria na administração federal, mas são maioria nos estados e nos municípios, em razão de atuar, predominantemente, nas áreas de saúde, assistência social e educação, assumidas em grande parte por estados e municípios.

Edição: Vinicius Doria

Macro PT Osasco realiza debate "Políticas

O evento, que está sendo realizado em parceria com o setorial de Juventude da Macro-Osasco, será transmitido ao vivo pela Internet, por meio da TV Linha Direta.

Por Assessoria de Imprensa deputado Geraldo Cruz

O mandato do deputado estadual Geraldo Cruz e a Juventude da Macro Osasco PT realizam, no dia 17 de setembro, o Debate "Políticas públicas para a juventude".

O Estado de São Paulo tem uma população de mais de 41 milhões de habitantes, sendo 20.077.873 homens e 21.184.326 mulheres. A população jovem, com idade entre 15 e 29 anos, compreende 26,0% desse total, sendo 5.347.185 moças e 5.384.199 rapazes.

São milhares de pessoas que, em virtude do momento de transição para a vida adulta, requerem atenção específica em diversos campos. Atenção esta que deve se traduzir em políticas públicas a fim de garantir a equidade "das juventudes" no acesso a direitos.

Programação:

Diagnóstico da condição juvenil em São Paulo

Acesso à cultura – Wanderley Bressan – coordenador do setorial de Juventude da Macro Osasco
Condição de vida da juventude negra – Jefferson Marcelo - professor rede estadual e municipal de Taboão da Serra
Condição de vida da juventude LGBT – Phamela Godoy - vice-presidente da ONG Visibilidade LGBT de São Carlos, membro do setorial estadual LGBT e da Juventude do PT
Mundo do trabalho – Maria Carla Corrochano - pesquisadora da ONG Ação Educativa
Educação – Ana Paula Corti – socióloga, professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de SP-IFSP.
Condição de vida das mulheres jovens – Marisa Araújo – coordenadora do Centro de Referência da Mulher de Embu das Artes
Formulação de propostas estaduais
Festa de encerramento
Com interpretação de LIBRAS e transmissão ao vivo pela internet. Acesse www.geraldocruz.com.br

Políticas públicas para a juventude
17 de setembro, a partir das 14h
Local: Escola Municipal Profª Valdelice Medeiros Prass
Praça Manoel Almeida dos Santos, s/nº, Parque Pirajuçara – Embu das Artes

Realização:
•Mandato Geraldo Cruz
•Coordenação Juventude da Macro Osasco PT

Confira a carta do deputado Geraldo Cruz convidando a militância para o evento
Cara companheira,
Caro companheiro,

Tendo em vista nosso compromisso com a construção democrática de políticas públicas que promovam a justiça e a inclusão social, no próximo dia 17 de setembro, a partir de 14h, vamos realizar o debate "Políticas públicas para a juventude".

A idéia é traçar um diagnóstico sobre as políticas e ações públicas específicas para este segmento, e discutir propostas que serão encaminhadas ao poder público.

Nosso objetivo é estimular jovens de diferentes grupos a participarem do evento que, esperamos, será o primeiro de uma série. Nosso empenho é para que estes jovens se envolvam não apenas na elaboração das propostas, mas também sigam mobilizados para acompanhar e pressionar o poder público – executivo e legislativo, das três esferas de governo – a concretizarem ações afirmativas para a juventude.

O evento, que está sendo realizado em parceria com o setorial de Juventude da Macro-Osasco, será transmitido ao vivo pela Internet, por meio da "TV PT" e, por demandas feitas por grupos juvenis ao Mandato, neste primeiro encontro o foco será nas áreas da cultura, educação, trabalho e superação das desigualdades raciais e de gênero, bem como o combate à homofobia.

Considerando o compromisso histórico de nosso Partido com este segmento, e o descaso dos governos do PSDB com o tema, solicito que estimule a participação da juventude de sua cidade neste evento que, esperamos, abra um canal de diálogo permanente entre Diretórios e nosso mandato.

Este evento ganha ainda mais significado após a decisão do 4º Congresso do PT, que definiu cota de 20% de jovens na direção Partidária.