segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fernando Anitelli: sem maquiagem, sem iluminação e de cara limpa



“Eu queria tocar um violão, de cara limpa, contando as histórias das canções para o público” - diz Anitelli



Por Elineudo Meira e Claudio Motta Jr, especial para o Portal Linha Direta
Segunda-feira, 27 de junho de 2011


Cantor e compositor – vocalista do teatro mágico – Fernando Anitelli deixa o universo circense e entra em cena no seu novo projeto: Fernando Anitelli Trio, cheio de músicas antigas.

Em show solo e agora sem maquiagem – como muito tem enfatizado –, no álbum “As claves da gaveta”, Anitelli é acompanhado pelos músicos Fernando Rosa (baixo), Miguel Assis, (bateria) e Moises Alves (piano), e depois de meses excursionando com sua outra banda [O Teatro Mágico], ele voltou a se apresentar em sua cidade natal, no Teatro Municipal de Osasco.

“Um amontoado de momentos”, as músicas apresentadas durante o show trazem referências que remetem a diversos ritmos de vários cantos do mundo, como o jazz norte-americano, a percussão de ritmos africanos e a melodia característica da música popular brasileira.

Com timbres mais encorpados, arranjos musicais inteiramente acústicos e letras exalando poesia, Fernando Anitelli Trio é o resultado de uma série de músicas gravadas há cerca de quinze anos, disponíveis na internet, e que agora ganharam arranjos mais maduros.

Odácio Anitelli, pai de Fernando, viu crescer a fama do filho junto à trupe Teatro Mágico e disponibilizou na internet gravações feitas ainda em fita cassete, quando Fernando nem pensava em montar o grupo que mescla música e arte circense. Os trabalhos do pai e filho acabavam confundindo o público, que, muitas vezes, pediam que Fernando cantasse músicas de seu pai durante os shows do Teatro.

“Eu queria tocar um violão de cara limpa contando as histórias das canções para o público”, diz Fernando Anitelli. Tentando se distanciar da imagem de sua trupe, ele acredita que o projeto ainda está em fase de crescimento e é uma tentativa de repaginar sua carreira, realizando espetáculos mais simples: “A idéia realmente é outra coisa. Agora, sem maquiagem, sem iluminação. Tudo muito cru. A idéia é mostrar um lado meu desmascarado, sem o personagem, sem aqueles efeitos especiais. Sim, eu quero me apresentar de cara limpa”, completa.

O repertório da apresentação do projeto para o público osasquense contou com canções “novas” como Menina do Balaio, Cuida de Mim, Soprano, Na Varanda, Saudade de Chumbo, Realejo e antigos sucessos cantados pela trupe como Ana e o Mar e O anjo mais velho.

Presente no show de apresentação do Fernando Anitelli Trio, a fã do Teatro Mágico, Julia Caruso, destacou a inovação do grupo que deixa o pop-experimental do Teatro Mágico e agora embala uma mescla de MPB, jazz e tambores africanos: “Eu gostei bastante. Foi uma inovação. Ele [Fernando] é um ótimo cantor e tem uma voz maravilhosa”, avaliou Julia.

A próxima parada do Fernando Anitelli Trio será no dia 30/06 em Presidente Prudente.
Mais informações sobre o trio podem ser obtidas no site do Fernando Anitelli.(www.fernandoanitelli.mus.br).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, dará prioridade à gestão


Por www.pt.org.br

Ao aceitar o convite da presidenta da República Dilma Rousseff para substituir na chefia da Casa Civil o ministro Antonio Palocci, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou em entrevista coletiva concedida à imprensa que sua missão será priorizar a gestão da máquina pública.

"É uma honra receber o convite da presidenta Dilma. Vou trabalhar para que o meu País para que continuemos reduzindo as desigualdades. A presidenta me pediu para eu atuar na área de gestão e esse meu desafio", disse Gleisi.

Nesta quarta-feira (08/06), Gleisi Hoffmann fará um discurso de despedida na tribuna do Senado às 14 horas. A posse no cargo de ministra-chefe da Casa Civil acontecerá às 16 horas no Palácio do Planalto.

Na entrevista, Gleisi fez uma deferência ao ministro Antonio Palocci dizendo que o momento é triste, porque "ele havia colocado de forma clara suas ponderações, que exerceu papel fundamental na transição de governo e continua sendo um companheiro de partido".

Todos os senadores da bancada participaram da entrevista e elogiaram a escolha da presidenta Dilma. "Amanhã farei um agradecimento a todos os colegas do Senado Federal. Agradeço, especialmente, os senadores de nossa bancada", disse ela.

A Bancada do PT no Senado, prestigiou a nova ministra. Segundo o Líder do PT, Humberto Costa (PE), Gleisi será a "Dilma da Dilma".


(Fonte Liderança do PT no Senado - Marcello Antunes)

ENTREVISTA - Valdir Roque (Coordenador do PT Macro-Osasco e Presidente da CMTO)




“Temos que implantar o Bilhete Único, mas não como foi feito em São Paulo, e sim da melhor forma para Osasco”

Por Graciela Zabotto (gracielazabotto@webdiario.com.br)

Ele é coordenador do PT Macro-Osasco e organiza o partido em 19 municípios, além disso, também é presidente da CMTO (Companhia Municipal de Transportes de Osasco). Nesta entrevista ao jornal Diário da Região, entre os assuntos correspondentes a CMTO, Valdir Roque fala sobre a inclusão do cartão BEM para aposentados e a pesquisa realizada para implantação do Bilhete Único em Osasco. Já como representante do PT Macro-Osasco, Roque discorre sobre a organização do PT macrorregião para as eleições de 2012 e a necessidade de reformular o estatuto do Partido dos Trabalhadores.

A CMTO tem um projeto para fazer cartão BEM para aposentados?
A partir dessa quinzena vamos fazer os cartões do BEM para aposentados. Hoje os aposentados estão restritos à parte da frente, com o cartão eles poderão passar a catraca e ficar onde quiserem. É um trabalho de inclusão, porque, às vezes, o aposentado não quer ficar restrito.

Aproximadamente, quantos cartões serão emitidos?
Não tenho ideia. Estou negociando com as empresas de ônibus e fazendo essa relação.

Como está a parceria entre a CMTO e a Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana de Osasco?
Nós estamos tendo essa parceria, mas a CMTO ainda é um órgão independente. Tem presidente, conselho e recurso próprio. É a CMTO responsável pela fiscalização das empresas, planejamento, mudanças de itinerário, negociação do valor da passagem de ônibus, terminais rodoviários, abrigos de ônibus e bilhete eletrônico municipal. Já a Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana trabalha com o Demutran (Departamento Municipal de Trânsito) e nisso estamos em conjunto. Futuramente queremos extinguir a CMTO, como já está no projeto da Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana, mas não é possível extinguir agora.

Como está a pesquisa de implantação para o Bilhete Único em Osasco?
Ela está sendo feita, mas é uma pesquisa muito difícil. Temos que saber o que é gratuidade. Em Osasco a gratuidade é muito grande, está entre 18 a 21%. Teremos que remodelar, saber quem usa a gratuidade. Saber origem e destino das pessoas e saber o custo da rede. Temos que implantar o Bilhete Único, mas não como foi feito em São Paulo, e sim da melhor forma para Osasco.

O senhor também havia comentado sobre a implantação do Conselho de Transporte Público Coletivo. Como está o desenvolvimento desse novo órgão?
Está em andamento, inclusive teremos uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir esse Conselho. Tem que pegar a sociedade, os empresários, a CMTO, poder público e começar a debater qual será o melhor forma.

Certa vez o senhor comentou que as dificuldades da CMTO eram ter poucos técnicos e não ter dinheiro para financiamento de alguns projetos. Essa dificuldade ainda existe?
Ela existe ainda. Um técnico bom mesmo custa caro. Hoje, no mundo todo, a prioridade é o transporte coletivo. Tem essa dificuldade ainda, mas acho que com a Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana, daqui um ou dois anos, começamos a ter financiamento próprio para outras atividades e projetos importantes no trânsito e no transporte.

As eleições estão se aproximando, como está o desenvolvimento da macrorregião do PT?
Nós tivemos a reunião do encontro das Macros no dia 28, com mais de 300 delegados de cada município. Estamos organizando e preparando a Macro para as eleições de 2012, mas, também, estamos discutindo a reforma política eleitoral, a reforma do estatuto do PT e como trabalhar para as eleições de 2012.

Já tem alguma orientação do partido para organizar esse trabalho?
Estamos indicando que cada um dos 19 municípios da Macro tenha candidatura própria, porém, respeitando o diretório e as discussões que estão tendo com coligação. O PT estadual anunciou que o partido não deve fazer coligação com DEM, PPS e PSDB na região e vamos respeitar. Como também estamos respeitando as discussões que estão sendo feitas no município. Estamos buscando um convênio com o Instituto Jorge Batista para começar a fazer pesquisa nos municípios, como também fazer elaboração do plano de governo nas cidades. Além disso, vamos fazer formação política para as mulheres. Queremos fazer chapas fortes com mulheres na nossa região.

Quantas mulheres o PT Macro Osasco tem hoje?
Hoje temos três vereadoras nos 19 municípios, mas queremos atingir dez mulheres, no mínimo. Temos que recuperar as mulheres na política, porque houve um atraso muito grande, e foi pela própria formação cultural da sociedade.

E existe o interesse da mulher pela política?
Tem o interesse, mas também há dificuldades porque a mulher, muitas vezes, é quem fica responsável pelos trabalhos domésticos.

Será feita uma reorganização no estatuto do PT?
Sim. O estatuto do PT tem 31 anos. Quando fundamos o partido a cultura e economia era de um jeito, com o governo Lula e agora com o governo Dilma percebemos a cultura brasileira mudando, com mulher, negro e índio mais presente na política, com a economia do Brasil diferente. Então o estatuto tem que mudar também. Não vivemos mais nos anos 80. Hoje temos mais democracia e desenvolvimento.

Quem participa dessa alteração?
Todos os petistas e simpatizantes. Tem o site do diretório nacional do partido e qualquer pessoa pode contribuir com mudanças. O assunto já está sendo tratado pelo PT estadual. Em junho, julho e agosto a Macro-Osasco estará discutindo essas mudanças. No caso eleitoral estamos fazendo debate dessa reforma. E uma coisa que a sociedade precisa saber é que o Senado está discutindo a reforma política eleitoral, e não a reforma política, porque nesse caso seria mudança das instituições, nesse momento a proposta do Senado é alterar alguns sistemas como, por exemplo, a lista fechada, que somos totalmente a favor, e financiamento público.

E quais serão as principais mudanças no estatuto do PT?
Uma delas é a forma como são feitas as eleições. Hoje temos eleições diretas, porém alguns grupos acham que o partido deve fazer discussões em plenárias grandes. A mudança do estatuto é uma reforma mais atualizada.

Quanto à reforma política eleitoral, qual é o ponto que a macrorregião é contra?
Contra? Nós somos a favor. Tem que fazer mudança. Por exemplo, somos a favor da fidelidade partidária. Outra situação: um vereador pode se reeleger quantas vezes quiser, e por que o prefeito pode ser apenas duas vezes? Por que o senador pode ter oito anos de mandato e o deputado quatro? Parte do PT é contra o Senado, e para que serve o Senado no Brasil? Para nada. Ou vamos reformular o Senado? A reforma em nosso estatuto e a política eleitoral é basicamente igual porque, o que queremos no estatuto, colocamos também como princípio e ideais na reforma eleitoral e política.