terça-feira, 3 de abril de 2012
Jornalistas torturados ajudaram a transformar a história de comunidade no Rio
A comunidade do Batan, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, vive um momento de transformação desde a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região, divulgou portal R7 na última segunda-feira (2/4). No vídeo, o site conta a história de um fotógrafo, uma repórter e o motorista de um jornal carioca que foram torturados quando investigavam a atuação das milícias no local.
O fotógrafo, que preferiu não se identificar, recebeu a missão de investigar a maneira como os milicianos atuavam na favela. Ele e uma repórter se passaram por um casal e foram viver na comunidade por 14 dias com apoio de um motorista do jornal, morador da região. A equipe registrou diversos flagrantes dos abusos que os milicianos cometiam. Porém, na última última noite que passariam na comunidade foram descobertos.
Os três foram levados para o quartel general da milícia e um dos responsáveis pela ação era o inspetor da Polícia Civil Odinei Fernandes conhecido como "Zero Um". Segundo o fotógrafo, eles foram torturados por diversos milicianos. Segundo a reportagem, o "casal" e o motorista só sobreviveram porque o líder da milícia temia as consequências de matar jornalistas. Após quatro horas de torturas, eles foram liberados.
Mudanças
Segundo a reportagem do portal, após o crime houve intervenção das autoridades na comunidade. A casa utilizada por traficantes virou sede da UPP e no local onde os jornalistas foram torturados há aulas de natação, capoeira e dança.
O fotógrafo ainda convive com o pesadelo da tortura, mas acredita que de alguma forma contribuiu para melhorar a vida de quem vive no Batan. "Quando você vai na comunidade, quando você denuncia, você ajuda. O que o jornalista faz nas comunidade, ajuda de alguma forma, até para chamar a atenção de quem manda, pro governo", diz.
Fonte: Portal Imprensa
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