Por Cecília Figueiredo
“Primeira coisa que eu vou fazer é sair do muro”, respondeu elegante e categoricamente Aloizio Mercadante, candidato a Governador de São Paulo, na sabatina da TV UOL/Folha, ao ser perguntado sobre sua ação no Executivo para sediar no estado a Copa de 2014.
O candidato ao Governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, responderá durante duas horas a perguntas de quatro entrevistadores, da plateia - que poderá enviar questões por escrito - e dos internautas, exibidas em vídeo, na sabatina da TV UOL/Folha.
Tranqüilo, o candidato defendeu nessa primeira meia-hora a alternância de poder, que São Paulo sedie a Copa de 2014 e respondeu porque é contrário à aprovação automática. Abaixo os principais trechos da sabatina:
Estradas e pedágios
"Há um abuso nas tarifas (de pedágio) (...) Existe uma cláusula de equilíbrio econômico e financeiro que permite alterar o contrato", diz o petista, que propõe a implementação do sistema de pagamento de pedágio pelo quilômetro efetivamente rodado.
Trânsito em São Paulo
Citando pesquisa Ibope, Mercadante diz que, "em 16 anos de PSDB, as pessoas perderam 1 ano e meio no trânsito em São Paulo".
PSDB: oligarquia mais longa
"A oligarquia mais longa da história política recente do Brasil é o PSDB em São Paulo", critica Mercadante, ao se referir aos mais de 15 anos de permanência do partido no poder no Estado.
Quem erra?
"Evidente que o erro é nosso (e não do eleitor). Nós que não fomos capazes de convencer o eleitor", afirmou Mercadante, ao comentar as sucessivas derrotas do PT para o PSDB na disputa pelo governo paulista.
Alternância de poder
Mercadante defendeu a "alternância de poder" como algo "positivo para a democracia", ao se referir ao tempo em que o PSDB está no poder em São Paulo.
Copa de 2014 em São Paulo
"Primeira coisa que eu vou fazer se for eleito vai ser sair do muro", alfinetou o senador em referência à postura do governo do Estado em relação à presença do estádio do Morumbi na Copa.
A história mostra...
"Futebol é uma coisa fundamental na cultura do paulista. Eu quero só lembrar que Tóquio ficou fora da Copa (do Japão e da Coreia, em 2002) por causa da mesma indefinição que existe aqui", disse.
Educação
O petista criticou a "privatização da qualidade de ensino em São Paulo". "Estamos muito longe de ter uma educação de mínima qualidade".
Aprovação automática
"Você tem que ter avaliação; não para reprovar, quando tem deficiência, tem de corrigir", disse o petista. "Imediatamente nós vamos acabar com a aprovação automática".
Professores
O senador criticou a ausência de planos de carreira para os professores estaduais, além da má remuneração e o que chamou de "borrachada e cassetete ao invés de diálogo" nas negociações salarias da categoria com o governo tucano. Ainda sobre investimento na formação dos professores, pretende garantir um laptop para cada educador do Estado.