quinta-feira, 29 de julho de 2010

TV UOL/Folha: Mercadante critica pedágios e defende desprivatizar a educação

O candidato ao Governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, responde durante duas horas a perguntas de quatro entrevistadores, da plateia - que poderá enviar questões por escrito - e dos internautas, exibidas em vídeo, na sabatina da TV UOL/Folha. Participe e envie perguntas a TV UOL/Folha

Por Cecília Figueiredo

“Primeira coisa que eu vou fazer é sair do muro”, respondeu elegante e categoricamente Aloizio Mercadante, candidato a Governador de São Paulo, na sabatina da TV UOL/Folha, ao ser perguntado sobre sua ação no Executivo para sediar no estado a Copa de 2014.

O candidato ao Governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, responderá durante duas horas a perguntas de quatro entrevistadores, da plateia - que poderá enviar questões por escrito - e dos internautas, exibidas em vídeo, na sabatina da TV UOL/Folha.

Tranqüilo, o candidato defendeu nessa primeira meia-hora a alternância de poder, que São Paulo sedie a Copa de 2014 e respondeu porque é contrário à aprovação automática. Abaixo os principais trechos da sabatina:


Estradas e pedágios
"Há um abuso nas tarifas (de pedágio) (...) Existe uma cláusula de equilíbrio econômico e financeiro que permite alterar o contrato", diz o petista, que propõe a implementação do sistema de pagamento de pedágio pelo quilômetro efetivamente rodado.

Trânsito em São Paulo
Citando pesquisa Ibope, Mercadante diz que, "em 16 anos de PSDB, as pessoas perderam 1 ano e meio no trânsito em São Paulo".

PSDB: oligarquia mais longa
"A oligarquia mais longa da história política recente do Brasil é o PSDB em São Paulo", critica Mercadante, ao se referir aos mais de 15 anos de permanência do partido no poder no Estado.

Quem erra?
"Evidente que o erro é nosso (e não do eleitor). Nós que não fomos capazes de convencer o eleitor", afirmou Mercadante, ao comentar as sucessivas derrotas do PT para o PSDB na disputa pelo governo paulista.

Alternância de poder
Mercadante defendeu a "alternância de poder" como algo "positivo para a democracia", ao se referir ao tempo em que o PSDB está no poder em São Paulo.

Copa de 2014 em São Paulo
"Primeira coisa que eu vou fazer se for eleito vai ser sair do muro", alfinetou o senador em referência à postura do governo do Estado em relação à presença do estádio do Morumbi na Copa.

A história mostra...
"Futebol é uma coisa fundamental na cultura do paulista. Eu quero só lembrar que Tóquio ficou fora da Copa (do Japão e da Coreia, em 2002) por causa da mesma indefinição que existe aqui", disse.

Educação
O petista criticou a "privatização da qualidade de ensino em São Paulo". "Estamos muito longe de ter uma educação de mínima qualidade".

Aprovação automática
"Você tem que ter avaliação; não para reprovar, quando tem deficiência, tem de corrigir", disse o petista. "Imediatamente nós vamos acabar com a aprovação automática".

Professores
O senador criticou a ausência de planos de carreira para os professores estaduais, além da má remuneração e o que chamou de "borrachada e cassetete ao invés de diálogo" nas negociações salarias da categoria com o governo tucano. Ainda sobre investimento na formação dos professores, pretende garantir um laptop para cada educador do Estado.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Seminários de programa de governo serão em São Bernardo e Osasco

Os temas dos seminários são a nova política para a saúde, no sábado, e construção da igualdade entre mulheres e homens, no domingo


Por Cesar Xavier


No final desta semana, ocorrem dois seminários de programa de governo da Campanha Governador Mercadante 13. Os eventos serão no sábado (31), às 9h, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, e no domingo (1), às 9h, na Comitê Mercadante Governador de Osasco. Os temas dos seminários são a nova política de saúde para São Paulo, no sábado, e as políticas para construção da igualdade entre mulheres e homens, no domingo.

Saiba quem são os participantes do seminário:

Seminário de Programa de Governo “Um novo modelo de desenvolvimento para São Paulo”

Nova Política de Saúde para São Paulo
Sábado (31), às 9h
Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo
R João Basso, 231, Centro, São Bernardo do Campo, SP

Painéis temáticos: 9h às 11h
Painel I - Controle social e gestão participativa
Painel II - SUS e as parcerias federativas, incluindo a atenção básica à saúde
Painel III - Políticas sobre drogas, o problema do crack
Painel IV - Atenção em urgências e emergências (Samu e Upa)

Mesa: 11h às 12h30
Debatedores:
Aloísio Mercadante, candidato a governador de São Paulo
Coca Ferraz, candidato a vice-governador (PDT)
Marta Suplicy, candidata a senadora de São Paulo (PT)
Netinho de Paula, candiato ao Senado (PCdoB)
José Gomes Temporão, ministro da Saúde
Aparecida Linhares Pimenta, vice-presidente do Conselho Nacional de Secretaários Municipais de Saúde (Conasems)

Políticas para a construção da Igualdade entre Mulheres e Homens
Domingo (1) - às 9h
Comitê Governador Mercadante
Av. dos Autonomistas, 1.473, Centro, ao lado do Teatro Municipal - Osasco - SP

Debatedores:
Aloízio Mercadante, candidato a governador de São Paulo
Coca Ferraz, candidato a vice-governador de São Paulo (PDT)
Marta Suplicy, candidata a senadora de São Paulo (PT)
Nilcéia Freire, ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Educação pública, gratuita e de qualidade social: nossa luta, nossa meta.




* Celso Augusto Torrano
A Conferência Nacional de Educação 2010, realizada no mês de Abril deste ano, foi uma conferência vitoriosa: contou com a participação de mais de centenas de milhares de estudantes, pais, trabalhadores da educação e gestores nas etapas intermunicipais e estaduais aprovou metas avançadas para serem apreciadas e aprovadas pelo Congresso Nacional, tornando-se assim nosso próximo Plano Nacional de Educação no próximo decênio.


Todos os avanços que foram obtidos nos governos Lula, entre 2003 e o presente, como a unificação dos fundos da Educação Básica, a aprovação da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (Lei 11.738/2008) e das Diretrizes Nacionais para elaboração do Plano de Carreira dos profissionais da educação ainda precisam ser efetivados, bem como muitas metas aprovadas na própria conferência, como o aumento do percentual dos recursos do PIB para a educação dos atuais 4% para 10% até 2014 bem como o debate da utilização dos recursos obtidos com o Pré-sal para a educação precisam sair do papel e tornar-se realidade. Os aumentos de desempenho nos índices nacionais de educação, ainda que tímidos, comprovam que esta orientação está no caminho correto.


Não podemos retroceder para a receita bem conhecida que os demotucanos do Estado de São Paulo vêm aplicando em seus 16 anos de desgovernos e desmandos, ao adotarem um modelo educacional baseado no neoliberalismo: aprovação automática como medida de contenção de gastos, sem preocupar-se com o processo de ensino e aprendizagem e reduzindo os índices de desempenho dos estudantes nas avaliações externas; ausência de negociação e respeito com os sindicatos de trabalhadores da educação; inexistência de gestão democrática na rede de ensino paulista; municipalização do ensino; imposição autoritária e padronização do currículo, com gastos milionários com cartilhas e contratos sem licitação com revista do grupo Abril; adoção de políticas meritocráticas na educação, quebrando a isonomia salarial e excluindo 80% dos professores de qualquer política salarial; desregulamentação da profissão do professor com “provinhas” e manutenção de 47% dos professores com contratos temporários e precários; terceirização de funcionários de escola; aumento das licenças médicas e doenças profissionais com a aprovação de leis absurdas pela base de deputados de Serra; gasto injustificado de dinheiro público com etapas desnecessárias de formação em concurso público, que poderiam ser realizadas de modo continua em serviço, se o governo aplicasse a jornada prevista pela Lei do PSPN 11738/2008, que estabelece 33% do tempo da jornada para atividades extraclasse, coletivas e individuais que José Serra e Aécio Neves impediram de se concretizar, ao apoiarem a ADI movida por cinco governadores contra a Lei do PSPN, sancionada por Lula em 2008.


Esperamos que um possível governo democrático e popular no Estado de São Paulo, acompanhada da vitória de Dilma Roussef, abra um novo ciclo para todas as políticas sociais públicas no Estado de São Paulo, e que interrompa o desmonte da Educação Pública. Não são necessárias propostas “cosméticas” para a Educação: apenas o cumprimento das resoluções aprovadas pela CONAE 2010, bem como aprofundar as mudanças que já estão em curso no país, iniciadas com os dois governos populares e democráticos de Lula.

*Celso Augusto Torrano é professor da EE Antônio Raposo Tavares (Ceneart) em Osasco, Conselheiro da APEOESP e militante do Partido dos Trabalhadores. Integra o setorial de educação da MacroOsasco participou da reconstrução do setorial Estadual de Educação-SP.

Vox Populi: Dilma tem oito pontos de vantagem


A pesquisa, contratada pela Band e pelo Portal IG, mostra novamente a liderança da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. Dilma com 41% das intenções de voto, contra 33% do tucano José Serra

Por http://www.dilma13.com.br/


A pesquisa eleitoral do Instituto Vox Populi, contratada e divulgada hoje pela Band e pelo Portal IG, mostra mais uma vez a liderança da candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff. Dessa vez, a petista tem 8 pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo colocado, José Serra (PSDB).

O levantamento aponta Dilma com 41% das intenções de voto, contra 33% do tucano. Marina Silva, candidata do PV, tem 8%. Na sondagem anterior, divulgada no dia 29 de junho e que incluía 11 nomes, Dilma tinha 40% contra 35% de Serra e 8% de Marina.

O Vox Populi aponta ainda que os demais candidatos somam 1% da intenção de votos. Os votos brancos e nulos chegam a 4%. E 13% dos entrevistados disseram que ainda estão indecisos.

Esse foi o primeiro levantamento desde a oficialização das candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O instituto ouviu 3 mil eleitores nesta semana, e a margem de erro é de 1,8 ponto percentual.

Voto espontâneo
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado não recebe uma lista para escolher o candidato preferido, Dilma também lidera. A petista tem 28%, contra 21% do candidato do PSDB e 5% de Marina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem estar concorrendo, tem 4% das intenções de voto.

A rejeição do candidato tucano também é a maior entre os concorrentes: 24%. A de Dilma é a menor e ficou em 17%.

Segundo turno
Numa possível disputa entre Dilma e o candidato tucano no segundo turno, a candidata do PT também venceria segundo o levantamento. Dilma teria 46% das intenções de voto e Serra apenas 38%.

A candidata que representa a continuidade do governo Lula tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde abre 30 pontos de vantagem em relação ao concorrente da oposição (54% a 24%). O tucano só leva vantagem na região Sul, onde a pesquisa aponta uma vantagem de 4 pontos em relação à Dilma (39% a 35%).

Na região Sudeste, onde se concentra o maior eleitorado do país, há um empate técnico. O tucano tem 36% da intenção de votos, e Dilma está com 34%.

A petista lidera tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Ela tem 43% das intenções do eleitorado masculino contra 34% de Serra e 7% de Marina. No eleitorado feminino, Dilma tem 38%, o tucano 32% e a verde 9%. Dilma também é a preferida em todas as faixas e níveis de ensino

Pesquisa aponta redução na diferença entre Alckmin e Mercadante


Mercadante destaca que, enquanto Alckmin cai, ele conquista um milhão de eleitores, mesmo sem visibilidade na mídia
Por Cesar Xavier

Mesmo antes do início da campanha na TV, começa a cair a pontuação do candidato do PSDB ao governo do estado, Geraldo Alckmin. Na pesquisa Sensus encomendada pelo PSB, divulgada nesta quarta-feira (21), ele aparece com 38,7% das intenções de voto, ante 18% do petista Aloizio Mercadante.

Nas pesquisas anteriores de maio e junho (Ipespe e Vox Populi), o tucano aparecia com mais de 50%. Não há pesquisa Sensus registrada antes do atual levantamento para uma avaliação comparativa.

Em evento da campanha realizada neste sábado (26), Mercadante enfatizou o fato de ter conquistado um milhão de potenciais votos, enquanto o tucano perdeu esse eleitorado, conforme revelam os números da pesquisa. “E isso, sem que a imprensa esteja cobrindo a eleição”, lembrou ele. Até o momento, os meios de comunicação só tratam da eleição presidencial, tornando a campanha estadual invisível para a maioria do eleitorado.

Segundo a nova songagem, Celso Russomanno (PP) aparece em terceiro, com 7% das intenções de voto. Ele é seguido por Paulo Skaf, do PSB, com 3,6%. Depois vêm Fábio Feldman (PV, 1,4%) e Paulo Bufalo (Psol, 0,7%).

Segundo o levantamento, 29,2% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 19618/2010.

Data Instituto Alckmin (PSDB) Mercadante (PT) Russomano (PP) Skaf (PSB) brancos, nulos e indecisos
9-11.jun Ipespe 50 17 12 2 16
8-11.mai Vox Populi 51 19 12 2 16
8-11.mai Vox Populi 55 22 3 20

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Taxa de desemprego de junho é a menor para o mês desde 2002

Segundo o IBGE, resultado foi determinado pelo maior número de pessoas no mercado de trabalho; em 12 meses, as seis regiões pesquisadas têm 730 mil ocupados a mais e 220 mil desempregados a menos

*Por Agência Brasil

A taxa média de desemprego calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas recuou para 7% em junho, ante 7,5% em maio, no menor nível para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em 2002. Também foi a menor taxa do ano. A queda foi resultado do menor número de pessoas que entraram no mercado de trabalho. O numero de ocupados permaneceu estável e o total de desempregados caiu 6,6%, para 1,647 milhão, 117 mil a menos do que no mês anterior. Em junho do ano passado, a taxa de desocupação foi de 8,1%.

Segundo o IBGE, o total de ocupados (21,878 milhões) aumentou 3,5% na comparação com junho de 2009. O percentual corresponde a 730 mil ocupados a mais, sendo 670 mil trabalhadores com carteira assinada, expansão de 7,1% no emprego formal. Já o número de desempregados caiu 11,8% ante junho do ano passado - são 220 mil a menos em 12 meses.

O rendimento médio dos trabalhadores foi calculado em R$ 1.423, com alta de 0,5% no mês e de 3,4% no ano. A massa de rendimentos dos ocupados (R$ 31,4 bilhões) cresceu 0,5% ante maio e 6,7% na comparação com junho de 2009.

De maio para junho, a taxa caiu em cinco das seis regiões pesquisadas: Belo Horizonte (de 5,8% para 5,1%), Porto Alegre (de 5% para 4,7%), Recife (de 9,7% para 8,6%), Rio de Janeiro (de 6,3% para 5,8%) e São Paulo (de 7,8% para 7,4%). Em salvador, a taxa de desemprego permaneceu estável em 12%. Em Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio e São Paulo, a taxa também foi a menor para o mês na série histórica.

No primeiro semestre, a taxa média ficou em 7,3%, ante 8,6% em igual de período do ano passado.

Uma velha história


A jornalista e feminista Alessandra Terribili comenta em seu blog (terribili.blogspot.com) a violência contra a mulher, a consolidação do feminismo no Brasil e a espetacularização da mídia sobre os assassinatos de mulheres, tornando-os sempre histórias ímpares e distantes do cotidiano.

*Por Alessandra Terribili




Nos anos 80, a luta contra a violência contribuiu para fortalecer e consolidar o feminismo no Brasil. As mortes de Ângela Diniz (1979) e de Eliane de Gramond (1981) por seus ex-maridos chocaram o Brasil. Eram mulheres que puseram fim a seus casamentos, e, além da brutalidade dos assassinatos, os dois casos envolviam pessoas conhecidas da opinião pública, o que lhes conferiu ainda mais “notoriedade”. "Quem ama não mata" era a resposta dada pelas feministas àqueles que sugeriam que os homens matavam “por amor”.

Mas não tardou a tentativa de transformar as vítimas em rés, “compreendendo” o criminoso, que teria “perdido a cabeça” por ação delas. Organizadas, as mulheres repudiaram o machismo que levou Ângela e Eliane à morte, e que, depois, buscou incessantemente justificar essas mortes com base na conduta das vítimas. A tal defesa da honra dos homens era reivindicada. O movimento de mulheres não se calou e colocou em questão as insígnias do "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher" ou a ideia de que "um tapinha não doi".

O tempo passou e, em 2000, a própria mídia foi pano de fundo para um crime análogo. A jornalista Sandra Gomide foi morta pelo ex-namorado, Pimenta Neves, então diretor de redação de O Estado de São Paulo. O assassinato aconteceu precisamente porque o namoro acabou. Por conta disso, ela sofreu agressões físicas e verbais, perdeu seu emprego, foi perseguida. Neves chegou a ameaçar de retaliações qualquer pessoa que oferecesse trabalho a Sandra. Pela mídia, a moça chegou a ser tratada como "aquela que namorou com o chefe para subir na vida".

Em 2008, outro episódio de violência contra mulher gerou comoção nacional. Eloá Pimentel, com seus 15 anos, praticamente foi assassinada ao vivo e em rede nacional pelo ex-namorado, que a sequestrou e a manteve em cativeiro por cinco dias. A agonia da menina foi acompanhada em tempo real, e ao se tornar a personagem central de uma história dramática, ela, como as já citadas, teve sua vida exposta e sua conduta julgada, apresentada como principal fundamento do comportamento agressivo de seu assassino.

Há poucos meses, a vítima foi Maria Islaine, cabelereira, morta pelo ex-marido diante de câmeras que ela mesma mandou instalar no salão onde trabalhava, julgando que essa atitude a protegeria da violência anunciada. Dias atrás, tivemos a infelicidade de testemunhar o advogado do assassino defendendo seu cliente com o bom e velho “ela provocou”, espaço oferecido por Ana Maria Braga.

Eliza e Mércia
Agora, a mídia tem apresentado as histórias de Eliza Samudio e de Mércia Nakashima como se fossem romances policiais. Convida-nos a acompanhar cada momento, provoca comoção, sugere respostas, vasculha a vida das mulheres mortas e as expõe a julgamento público, sem direito de defesa. A tragédia é exaustivamente explorada, e no final, a lição que fica é: elas procuraram.

Mércia morreu, aparentemente, porque rejeitou seu ex-namorado. Cometeu o desaconselhável equívoco de querer sua vida para si mesma, de não aceitar perseguições, sanções ou intimidações. Entretanto, tem-se falado em traição e ciúmes. E lá vem, de novo, a conversa fiada (e retrógrada) da defesa da honra. Mas é Mércia quem não está mais aqui para defender a sua.

De Eliza, disse-se de tudo: maria-chuteira, garota de programa, abusada, oportunista. Acontece que não importa. Não importa se ela foi garota de programa, se era advogada, modelo, atriz, estudante ou deputada. Ela está morta. Teria morrido qualquer que fosse sua profissão, qualquer que fosse sua atitude. E morreu, aparentemente, porque o pai de seu filho não queria arcar com as obrigações legais e éticas de tê-la engravidado.

Ela nunca vai poder se defender das acusações póstumas. Não vai ao “Superpop” defender sua versão ou sua história. Não vai estampar a capa de “Contigo”, acompanhada de frases de impacto entre aspas. Ela está morta, e o que ela fez ou deixou de fazer, pouco importa agora. E seria prudente, inclusive, evitar julgá-la pelo crime que a matou.

Mais uma vez, a história se repete. Mulheres são mortas por homens com quem se envolveram. Assassinos frios, esses homens tiraram a vida de mulheres confiando na impunidade, porque há quem os “compreenda”. A morte de Eliza e de Mércia parece ter sido calculada e premeditada. E mesmo assim, segue ecoando a ideia de que a culpa é delas, que elas procuraram, que elas provocaram. Assustador.

O espetáculo da violência
Infelizmente, histórias como as de Eliza, Mércia, Eloá, Maria, Sandra, Ângela e Eliane são muito mais comuns do que se imagina. E antes de culminar em assassinato, outras formas de violência foram praticadas contra cada uma delas, como acontece com muitas – as que morrem e as que se salvam.

A espetacularização promovida pela mídia, no entanto, faz parecer que são histórias ímpares e distantes do cotidiano da vida real. Como se o perigo não morasse ao lado, como se muitas não dormissem com o inimigo. Na sua família, na sua vizinhança, no seu local de trabalho, no seu círculo de amigos, certamente há casos de violência contra mulheres, e certamente você ouviu falar de pelo menos um deles. Em recente levantamento, a ONG Centro pelo Direito à Moradia contra Despejos apontou que uma mulher é agredida a cada 15 segundos no Brasil, e uma em cada quatro afirma já ter sofrido violência. Há que se considerar também que existem as que não afirmam – por medo ou vergonha.

Dilma diz que políticas públicas têm que ter foco nas mulheres


Segundo ela, parte do sucesso das políticas de inclusão social e distribuição de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva se deu porque os programas beneficiavam diretamente as mulheres

*Por Agência Brasil

A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse ontem (21) ao Programa 3 a 1 da TV Brasil, que as políticas públicas brasileiras precisam ter foco nas mulheres.

“A mulher tem um papel fundamental na família. Acho que sempre a mulher foi uma espécie de cimento na família, um fator de coesão. Mesmo quando a família tradicional se desconstituiu, a mulher continuou segurando a guarda dos filhos, segurando a manutenção daquela casa e provendo o alimento para os filhos. Então eu acho que os problemas que afetam o Brasil afetam diretamente as mulheres”.

De acordo com Dilma Rousseff, parte do sucesso das políticas de inclusão social e distribuição de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva se deu porque os programas beneficiavam diretamente as mulheres. “Nós viemos reconhecer isso no Programa Bolsa Família. O cartão [para o saque do dinheiro] não é dado para a homem, é dado para a mulher. A gente sabe que a mulher pega o cartão e vai lá providenciar comida para o filho. A titulação do programa Minha Casa, Minha Vida está no nome da mulher. Com isso, eu estou querendo dizer que todas as políticas do governo que impliquem na melhoria de vida e de renda da população brasileira interessa a cada uma das mulheres”, explicou.

Outro ponto que deve ser priorizado, de acordo com a candidata, é a aplicação da Lei Maria da Penha, que criminaliza a violência contra a mulher. “Além disso, têm questões específicas das mulheres. Uma delas diz respeito à questão da violência. A Lei Maria da Penha, que temos que tornar lei efetiva, é a que impede que crimes hediondos contra as mulheres sejam praticados. A Lei Maria da Penha acaba com a impunidade. Ela obriga e institui a punição para aquele que praticar violência contra a mulher. Ela torna crime. Não é uma questão administrativa, não é uma questão civil”, disse.

Mercadante reafirma a educação como sua prioridade de governo


“A sociedade do futuro é a do conhecimento, da inteligência”, disse o candidato durante entrevista para a Band.
Por www.mercadante13.com.br


Quinta-feira, 22 de julho de 2010
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, foi entrevistado ao vivo nesta quarta-feira (22) pelos jornalistas Fábio Pannunzio, Fernando Mitre e Eduardo Oinegue no programa Band Eleições, da TV Bandeirantes. O petista aproveitou o espaço para enfatizar sua preocupação com o baixo nível da educação no Estado paulista.

“A educação é um problema decisivo para o futuro do Brasil. A sociedade do futuro é a do conhecimento, da inteligência. Para ter espaço no futuro, temos que investir na educação. Para isso, entre outras coisas, temos que valorizar a carreira do professor”, disse Mercadante.

O senador também mostrou indignação com os valores abusivos dos pedágios das estradas paulistas. “De São Paulo até Ribeirão Preto, uma pessoa gasta R$ 120 reais em pedágios. Isso é um absurdo! Temos estradas boas? Temos. É necessário ter pedágio? Sim. Mas não dá para pagar esse preço”, comentou o candidato.

Quando questionado sobre os motivos de querer governar São Paulo, Mercadante comentou sua experiência como líder do governo Lula. “São Paulo é um Estado fantástico. Mas o paulistano está tendo dificuldade no abuso dos pedágios, na precariedade dos transportes públicos. As cidades do interior estão sem opções de desenvolvimento, enquanto na capital o crescimento está completamente desorganizado”, afirmou Mercadante.


Transporte

Durante a entrevista, Mercadante expôs ao eleitor números absurdos relativos ao trânsito de São Paulo. “Na média, nesses 16 anos de PSDB, as pessoas perderam mais de um ano meio de vida no trânsito da cidade. Não podemos continuar a fazer metrô nessa lentidão que está sendo feito. É muito lento. Na última campanha prometeram melhora da qualidade dos trens da CPTM, e pouco fizeram por isso. E ainda abandonaram as faixas de ônibus”, disse.

O candidato petista falou ainda sobre o abandono da malha ferroviária. “O governo Lula voltou a investir nas ferrovias. Eu não entendo porque o PSDB é contra o Trem-bala Campinas - São Paulo – Rio de Janeiro. Todos os países desenvolvidos e de primeiro mundo usam este veículo. Temos que interiorizar as ferrovias em parceria com o governo federal”, concluiu.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pra Fazer Acontecer




* Valdir Roque
Foto: Cintia Salles








Em apenas três meses de gestão, a coordenação da Macrorregião do PT de Osasco tem apresentado sucesso em suas ações. Todas as propostas e projetos traçados estão a pleno vapor. Consciente de sua responsabilidade no projeto de governo da cena nacional deste ano, a Macrorregião vem realizando muitas atividades e se organizando crescentemente nesse período de pré-campanha. Estamos aquecendo os motores.

Nesse primeiro semestre de gestão, a Secretaria de Formação da Macro, coordenada por Gilson Edson Do Nascimento , realizou em conjunto com a Secretaria Nacional de Formação e com a Fundação Perseu Abramo, a I Jornada Nacional de Formação Política. O intuito é preparar a militância para a campanha eleitoral, os colocando na posição de sujeitos históricos, participantes das formulações, decisões e ações políticas. Agora também serão realizadas as etapas de mobilização e formação municipal.

A Secretaria de Comunicação da Macrorregião Osasco, coordenada por Elineudo Meira, o ‘Chokito’, também promoveu a Oficina de Redes Sociais, ministrada pelo Diretório Estadual e monitorada pelo companheiro Ronnie Aldrin, que fez uma interessante exposição sobre a conjuntura virtual da Campanha Eleitoral em 2010. Todos os participantes saíram da oficina informados sobre a importância do uso da internet como meio estratégico para as próximas campanhas eleitorais.

Neste relevante período de balanço da gestão e organização das próximas etapas, o senador e pré-candidato ao governo paulista, Aloizio Mercadante, interagiu com a militância. O senador participou de uma Caravana que percorreu várias cidades da Macrorregião. Foi gratificante ver a mobilização dos companheiros e das companheiras, todos e todas desempenhando um importante papel para consagrar o nosso partido na região.

Temos que eleger nossa chapa completa: Dilma Presidenta, Mercadante Governador, Marta e Netinho Senadores e nossos Deputados Federais e Estaduais, para mostrarmos a força de nosso trabalho à sociedade. Vamos esclarecer a real situação do Brasil e de seu futuro à sociedade. A mobilização parceira, trabalho dedicado e coragem para lutar são nossos aliados. A campanha já começou. Vamos levantar nossas bandeiras vermelhas e sentir a emoção de mais uma luta.


*Valdir Roque é Coordenador - Geral da Macrorregião PT de Osasco

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Arrancada da campanha do senador Mercadante ao governo paulista começa em Osasco





Por Elineudo Meira (Chokito) e Gilson Nascimento

Fotos: Daniela Carrasco

Em caminhada na manhã desta terça-feira, 6 de julho, no largo da cidade de Osasco e promovida pela Macrorregião Osasco, o candidato do Partido dos Trabalhadores, o senador Aloizio Mercadante deu início à sua campanha rumo ao palácio do governo. Acompanhado do coordenador da campanha e prefeito de Osasco, Emidio de Souza e dos candidatos ao senado Marta Suplicy e Netinho de Paula, percorreu o Calçadão da Antonio Agú, o segundo maior centro comercial do estado. O evento contou com centenas de militantes dos partidos que coligam com a frente “União para Mudar”, formada por: PT, PDT, PCdoB, PR, PRB, PRP, PRTB, PSDC, PTdoB e PTN.

Sobre o comando do coordenador do PT Macrorregião Osasco, Valdir Roque, o evento reuniu vários candidatos a deputados federais e estaduais . Além da presença do senador e candidato ao governo Mercadante, o ato também contou com a presença da ex-Prefeita e ministra do turismo, a candidata ao senado Marta Suplicy e com o vereador paulista e candidato ao senado Netinho de Paula. Emidio de Souza, prefeito de Osasco e coordenador – geral da campanha de Mercadante, destacou: “Precisamos ter um time na rua. Essa mesma chance que o povo deu para o Lula, precisamos dar para Mercadante em São Paulo”, disse o prefeito.

Já Mercadante destacou o porquê está de estar começando a campanha em Osasco: “Nós escolhemos começar em Osasco por três razões. A primeira, por meus pais morarem aqui; a segunda, por esta militância ser a mais combativa do estado de São Paulo e a terceira, porque vocês liberaram o Emidio para ser o meu coordenador de minha campanha”.