sábado, 30 de abril de 2011

Rui Falcão é eleito por unanimidade para presidir Partido dos Trabalhadores

O novo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputado Rui Falcão (PT/SP), escolhido por unanimidade pelos membros do Diretório Nacional do partido no começo da tarde desta sexta-feira (29). Rui Falcão assume a presidência depois de José Eduardo Dutra anunciar a saída do cargo por problemas de saúde.

De acordo com o novo presidente do PT, a primeira tarefa é dar suporte ao Governo Federal. "Uma das nossas tarefas principais pelo próximo período é dar sustentação ao processo de mudanças que o presidente Lula começou e que a presidente Dilma Rousseff está mantendo. Outro ponto é o fortalecimento do partido com a classe trabalhadora, além de disputar com as velhas ideias, as ideias conservadores e neoliberais que têm sido derrotadas nas últimas eleições, mas que querem guiar o nosso governo" explicou o novo presidente.

Rui Falcão explicou, também, que a nova presidência do partido será desempenhada de forma coletiva com o conjunto das bancadas de parlamentares do PT, militância e lideranças. "O PT se formou através da liderança coletiva e, por isso, a presidência do partido tem que expressar esse sentimento. É desta maneira que alcançaremos um avanço partidário" afirmou.

Rui Falcão vai liderar o Partido dos Trabalhadores até 2013, quando deve ser realizado um novo processo de eleições internas do partido para escolha da nova direção nacional.

Por www.pt.org.br

José Eduardo Dutra deixa presidência do PT para cuidar da saúde

Na manhã desta sexta-feira (29) José Eduardo Dutra apresentou sua renúncia à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. Em comunicado aberto aos membros do Diretório Nacional, com a presença da imprensa, afirmou passar por problemas de saúde. Dutra destacou que "Continuará militando em favor de um Brasil para os brasileiros". Internamente o petista continuará como membro do Diretório Nacional.


Debilitado por problemas de saúde, Dutra disse que "Alguns companheiros aconselharam que eu poderia renovar a minha licença, mas avaliei que não seria justo nem comigo nem com o PT. Tomei uma decisão sobre a qual tenho total responsabilidade: sair agora da presidência do PT. O partido define seu novo presidente e eu me cuido". Em momento descontraído de seu discurso, disse "Estou deixando a presidência do PT, mas não me aposentando".


Obedecendo orientações médicas, o ex-presidente disse que estará dedicado agora a novos hábitos de alimentação, e declarou estar com "crise hipertensiva fruto do estresse que afeta o metabolismo".

Por Ricardo Weg -- Portal do PT

Petistas homenageiam José Eduardo Dutra

Uma série de discursos emocionados marcou a despedida de José Eduardo Dutra como presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Um ano e dois meses. Esse foi o tempo em que José Eduardo Dutra permaneceu na presidência do PT. Durante o período, Dilma Rousseff foi indicada para concorrer à presidência, venceu uma eleição histórica, e iniciou uma nova era na política brasileira. Sempre com apoio total de Dutra, quem ganhou de fato foi o povo brasileiro. Por todo esforço de articulação política seus companheiros e amigos prestaram homenagens ao petista, que esta semana deixou a presidência do PT para cuidar da saúde.
Por Janary Damacena – Portal do PT

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Rui Falcão é eleito por unanimidade para presidir Partido dos Trabalhadores


Rui Falcão assume a presidência depois de José Eduardo Dutra anunciar a saída do cargo por problemas de saúde

O novo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputado Rui Falcão (PT/SP), escolhido por unanimidade pelos membros do Diretório Nacional do partido no começo da tarde desta sexta-feira (29). Rui Falcão assume a presidência depois de José Eduardo Dutra anunciar a saída do cargo por problemas de saúde.

De acordo com o novo presidente do PT, a primeira tarefa é dar suporte ao Governo Federal. “Uma das nossas tarefas principais pelo próximo período é dar sustentação ao processo de mudanças que o presidente Lula começou e que a presidente Dilma Rousseff está mantendo. Outro ponto é o fortalecimento do partido com a classe trabalhadora, além de disputar com as velhas ideias, as ideias conservadores e neoliberais que têm sido derrotadas nas últimas eleições, mas que querem guiar o nosso governo” explicou o novo presidente.

Rui Falcão explicou, também, que a nova presidência do partido será desempenhada de forma coletiva com o conjunto das bancadas de parlamentares do PT, militância e lideranças. “O PT se formou através da liderança coletiva e, por isso, a presidência do partido tem que expressar esse sentimento. É desta maneira que alcançaremos um avanço partidário” afirmou.

Rui Falcão vai liderar o Partido dos Trabalhadores até 2013, quando deve ser realizado um novo processo de eleições internas do partido para escolha da nova direção nacional.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

“Cine Debate” sobre Memória em Osasco


A Secretaria da Cultura de Osasco lançará no próximo dia 30 de abril a segunda edição do Cine Debate, a primeira realizada pela Secretaria e que passará a fazer parte do calendário mensal de atividades culturais. A temática deste "cine debate" será sobre “Memória” e serão exibidos dois curta-metragens, com a presença de seus respectivos diretores e dois debatedores especialistas no tema:

Filme: “Fogo que aquece a memória” - Documentário/ficção, 17 min. Cor, Diadema, SP, 2003.
Texto, Roteiro, Produção e Direção: Diogo Gomes dos Santos
Sinopse: Na noite de 02 para 03 de julho de 2003, um incêndio destruiu todo o acervo catalogado até 1997 do Centro de Memória de Diadema. O filme faz uma retrospectiva da história do Centro de Memória e registra a vontade de todos continuarem a construção da memória da cidade, como um direito da cidadania.

Filme: “Das Ruínas a Rexistência” – Documentário, 13', cor, 35mm, 2007
Roteiro: Bernardo Vorobow, Carlos Adriano | Diretor Fotográfico: Décio Pignatari, José Nania, Carlos Adriano | Montagem: Carlos Adriano Produção: Bernardo Vorobow, Carlos Adriano
Sinopse: Montagem poética de dois filmes realizados nos anos 60 pelo poeta e pensador Décio Pignatari e que permaneceram inacabados, por isso nunca circularam. Entre 1961 e 1962, com a produção da Estrela Vermelha, empresa fundada por Pignatari e seu amigo José Nania, foram filmados, em 16mm, o documentário “Ruínas para o Futuro”, sobre a greve dos vidreiros de 1910 e a utopia operária, e a ficção “Ponto de Encontro”, uma história de amor passada entre os trilhos que ligam Osasco a São Paulo.
Na mesa, além dos dois diretores, Diogo Gomes e Carlos Adriano, contaremos com a presença do Sr. Absolon de Oliveira, historiador e coordenador do Centro de Memória de Diadema e da Professora Maria Cecilia Martinez (Profa. Cíça), História do UNIFIEO.

Dia: 30 de abril – sábado
Horário: 16h00
Local: Espaço Cultural Grande Otelo
Rua Dimitri Sensaud de Lavaud, 100 – Vila Capesina – Osasco SP (ao lado do estacionamento da Prefeitura de Osasco)

Dutra vai renunciar ao comando do PT na sexta-feira

Fonte: Jornal Estado de São Paulo

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, vai renunciar ao cargo na sexta-feira, por problemas de saúde. O mais cotado para substituí-lo é o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Licenciado do comando petista desde 22 de março, Dutra disse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que anunciará sua saída na abertura da reunião do Diretório Nacional do PT. A troca de comando no partido preocupa a presidente Dilma Rousseff.
Na segunda-feira à noite, Lula foi ao Rio de Janeiro para visitar Dutra, que sofreu uma crise hipertensiva há mais de um mês, agravada por forte depressão e transtorno de ansiedade. Estava acompanhado de Humberto Costa e do ex-ministro Luiz Dulci.
Solidário ao amigo, Lula insistiu com Dutra para ele continuar licenciado, pelo tempo necessário, para tratar da saúde. O presidente do PT, no entanto, prefere se afastar. Acredita que o partido do governo não pode aguardar sua recuperação em um ano pré-eleitoral, de montagem das alianças para as disputas municipais.
Dutra planeja até mesmo levar sua médica à reunião da cúpula petista, para explicar os motivos de seu afastamento. “Ele está fazendo outros exames e sua decisão depende unicamente do parecer médico”, afirmou Costa.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Fugitivos da injustiça

Direitos Humanos
Sobrevivente do massacre de Corumbiara, há 16 anos, vive escondido. Entidades pedem nova investigação do caso

Fonte: www.redebrasilatual.com.br
Por João Peres

Claudemir Gilberto Ramos, de 38 anos, há 16 tem a cabeça a prêmio. Pelo que se sabe, são R$ 50 mil por sua morte. "Para mim, já estou cumprindo a pena até demais, mesmo não estando na prisão. Só não me entreguei porque acho injusto. Se tivesse cometido crime, tinha que pagar pelo que fiz, mas não cometi." Claudemir considera-se um "foragido da injustiça". Desde o massacre de trabalhadores rurais em Corumbiara (RO), ele não sabe o que é endereço fixo, trabalho com registro em carteira ou convívio familiar. Condenado a oito anos e meio de reclusão, reclama um novo julgamento e uma efetiva apuração dos fatos ocorridos na madrugada de 9 de agosto de 1995, quando ao menos 12 sem-terra foram mortos por policiais militares e pistoleiros na Fazenda Santa Elina.

Em entrevista à Rede Brasil Atual e à TVT - a primeira desde aquela época -, Claudemir contou que não sabe quando foi a última vez que viu as filhas e a mãe. Na visão da Organização dos Estados Americanos (OEA), o episódio representa um erro cometido pelo Brasil devido às execuções realizadas por policiais e ao júri repleto de inconsistências.

Claudemir e seu colega Cícero Pereira Leite foram condenados com base em uma peça do Ministério Público Estadual que se baseou quase exclusivamente na investigação da Polícia Civil. Esta tomou como fundamento a apuração conduzida pela Polícia Militar, envolvida na operação. O lavrador diz que teme pela própria integridade física, por isso não se entregou em 2004, quando se esgotaram os recursos no Judiciário e ele passou a ser considerado foragido. "Tenho certeza que se me entregar e for pra Rondônia não demora muito eles (fazendeiros e policiais) me assassinam, porque o preconceito da Polícia Militar é grande pela morte do tenente", afirma. A referência é a um dos policiais que morreram no enfrentamento.

Relatório de 2004 da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), integrante da OEA, concluiu que eram necessários novos esforços de investigação. "A falta de independência, autonomia e imparcialidade da PM (…) constitui violação do Estado brasileiro", defende o órgão. Nas palavras de Claudemir, não se pode pagar por um crime que não se cometeu: "O julgamento foi totalmente preconceituoso. Para mim, quem tinha que ser condenado eram os mandantes". Os fazendeiros apontados como responsáveis pelo aliciamento de uma milícia armada infiltrada entre policiais foram "impronunciados pela Justiça" - quer dizer, as acusações foram descartadas antes mesmo de haver julgamento.

Ocupação

A ocupação teve início em 15 de julho de 1995. Na tarde de 8 de agosto, quando havia uma ordem judicial para a remoção dos sem-terra, uma negociação definiu que em 72 horas haveria nova conversa sobre a saída, segundo Claudemir. Os acampados queriam garantias de que a área seria destinada à reforma agrária. "Até comemoramos entre os familiares, fizemos assembleia-geral, achando que tinha (sido) conquistado um passo da vitória porque a área já estava negociada", resume.

Na madrugada, no entanto, um grupo invadiu o local a balas. "A gente não pode ser hipócrita: tinha vigília no acampamento, até porque já tinha recebido vários ataques dos jagunços. Tinha arma de caça, ferramentas, só que (com) nossas armas era impossível combater o comando da polícia e dos jagunços." A legislação brasileira proíbe que ações de reintegração de posse sejam cumpridas durante a noite. Na troca de tiros, morreram três policiais e dois trabalhadores. "O que fiz foi me deitar no chão. Só ouvi os gritos das pessoas. Não tinha como fazer nada. Fiquei ali de bruços no chão. A única arma que eu tinha, que eu tava usando no dia da negociação, era uma máquina de foto, que no dia seguinte, na tortura, foi quebrada na minha cabeça."

Dominados os trabalhadores, a polícia deu início a uma série de agressões, torturas e execuções, documentadas em depoimentos e análises técnicas. Os adultos foram amarrados e jogados no chão; crianças eram obrigadas a pisoteá-los. Uma menina de 6 ou 7 anos recusou-se e acabou morta, segundo relatos. Claudemir conta que homens sofreram mutilação dos testículos e alguns mortos tiveram o pescoço cortado por motosserra. Os trabalhadores foram obrigados a comer terra misturada ao sangue. Nessa etapa, há oito execuções extrajudiciais comprovadas.

"Não tinha um comando, um chefe, mas eles me consideravam um chefe. Foi onde começou a tortura." Com a cabeça ferida por baionetas, ele desmaiou e, segundo testemunhas, foi jogado em um caminhão em que foram transportadas as vítimas. Claudemir lembra que acordou no necrotério. Lá, representantes da CUT e do PT já haviam se inteirado do massacre e pressionaram para que fosse preservada a vida dos feridos.

Em 2000, o Tribunal de Justiça de Rondônia agendou uma série de julgamentos sobre o caso. O Ministério Público defendeu a tese de que Claudemir e Cícero convenceram as mais de 2.000 pessoas que integravam as 500 famílias a ocupar Santa Elina. O promotor Elício de Almeida Silva defendeu, então, que os policiais eram culpados pela morte de 12 trabalhadores e deveriam ainda responder por cárcere privado, uma vez que teriam impedido a saída dos demais acampados.

"Não achava que ia ser condenado porque não tinham prova nenhuma. Só que no final do julgamento a surpresa foi grande. No corpo de jurados, para mim, tudo era ou fazendeiro, ou amigo dos fazendeiros", relata Claudemir. "Para mim, não tem prova, não devo esse crime. Estava lutando pelos direitos dos trabalhadores, e isso não é crime", sustenta.

O colega Cícero Pereira foi condenado a seis anos e dois meses por participação em um homicídio. Pela parte dos policiais, foram sentenciados o capitão Vitório Regis Mena Mendes e os soldados Daniel da Silva Furtado e Airton Ramos de Morais, mas todos ganharam direito a novo julgamento. Os demais policiais foram absolvidos, bem como Antenor Duarte, indicado por pistoleiros como mandante do massacre, tendo inclusive premiado com carros os comandantes da operação.

Movimentos de defesa dos direitos humanos remeteram o caso à OEA. Em 2004, a CIDH informou que os fatos ocorreram antes do ingresso do Brasil no sistema interamericano de Justiça e, portanto, o caso não poderia ser enviado à Corte. Mesmo assim, recomendou que o país deveria conduzir uma apuração imparcial e séria, determinando inclusive a participação de cada um dos envolvidos nos crimes, a começar pelos mandantes.

O Comitê Nacional de Solidariedade ao Movimento Camponês de Corumbiara apoia-se no relatório da CIDH para solicitar novo julgamento. "Estamos tentando despertar o interesse de nossa sociedade em torno de uma grande injustiça", argumenta o padre Leo Dolan, presidente do comitê. "Sem uma reforma agrária séria, os problemas do Brasil não serão resolvidos", insiste. "Durante anos muito sangue já foi derramado, muitas vidas perdidas, e até hoje não foi possível uma reforma agrária séria e eficaz."

veja na integra na REVISTA DO BRASIL - EDIÇÃO 58 - ABRIL DE 2011

ENTREVISTA - Valdir Roque (Coordenador do PT Macro-Osasco e Presidente da CMTO)



“O PT na nossa região cresceu demais. Então crescem as vaidades e interesses internos, a dificuldade é você ter que saber trabalhar com as vaidades do ser humano”

Por Graciela Zabotto
Fonte : www.webdiario.com.br


Presidente da CMTO (Companhia Municipal de Transportes de Osasco) desde 2007 e coordenador do PT Macro Osasco, há um ano e meio, Valdir Roque responde por dois importantes órgãos no município. O PT Macro Osasco, por exemplo, atende 19 cidades da região. Nesta entrevista ao Diário da Região, Roque fala sobre os trabalhos e projetos da CMTO e discorre sobre o cenário político do PT dentro de Osasco e em cidades da região.


Os ônibus que foram entregues ontem substituem outros carros da frota correto?
Sim. Os 20 ônibus são para substituir alguns carros. Sabemos das dificuldades quanto ao tempo de espera, mas, muitas vezes, é o trânsito que atrapalha e nós estamos, junto com a secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade Urbana de Osasco, procurando uma forma de trabalhar o trânsito para que os ônibus possam circular em intervalos mais rápidos.

E como será esse novo trabalho em parceria?
Hoje a CMTO cuida do transporte coletivo, da fiscalização e planejamento dos ônibus, do bilhete eletrônico municipal, fiscaliza os ônibus intermunicipais e clandestinos, e trabalha em junto com a EMTU. Além disso, estamos trabalhando, também, com a integração com o futuro metrô de superfície, e, até o final do ano, vamos fazer um trabalho de transbordo de passagem com a meta do bilhete único.

Qual sua opinião sobre o governador Geraldo Alckmin (PDSB) querer expandir o bilhete único?
Acho que tudo o que favorece a população é bom. O bilhete único que eu falo para Osasco é um trabalho que está sendo desenvolvido por meio de uma pesquisa. É o resultado dessa pesquisa que vai apontar a melhor forma para o usuário circular em Osasco. A pesquisa também vai mostrar como podemos mudar as linhas de Osasco, que já estão ultrapassadas e não atendem mais os empresários e os usuários, por exemplo, muitas vezes, para os moradores da zona Sul irem para zona Norte, eles precisam pagar duas conduções porque não tem uma que faça direto a linha da zona Sul para a zona Norte. Queremos terminar essa pesquisa e o novo direcionamento das linhas até o final deste ano.

O resultado prático da pesquisa seria aplicado em 2012?
Sim. O que nosso governador quer é trabalhar as intermunicipais, e isso é bom. Mas quais critérios serão determinados? Mesmo em Osasco o trabalho que ele estão fazendo não é fácil. Não pode ser um bilhete único como é em São Paulo. É preciso fazer um estudo para ver quantas linhas são deficitárias, quantas são lucrativas, onde é possível fazer o transbordo e, também, circulares. Nós precisamos analisar as coisas dessa forma.

Como a CMTO define as demandas de suas linhas?
A CMTO é uma gestora. Muitas vezes, a linha x carrega menos pessoas do que a linha y. Quando há problemas é bom o usuário fazer a reclamação pelo 0800 ou e-mail, isso nos ajuda a organizar os ônibus para as demandas. Estava pensando em ressuscitar a ideia do Conselho de Transporte Público Coletivo. Chamar a sociedade civil, sindicatos, os setores e segmentos da sociedade para discutir uma nova visão político-administrativa de como operar, não só as linhas, mas é preciso ter motoristas e cobradores capacitados com educação e bom tratamento.

Essa ideia de implantar o Conselho de Transporte Público Coletivo foi exposta para alguém?
Já conversei com algumas pessoas sim. A nossa intenção é que, em três ou quatro anos, a CMTO acabe e vá para a secretaria Municipal de Transportes. Como ainda não se pode fazer isso porque ela é uma economia mista, com diretoria, conselho e orçamento próprio e, em tese, não depende da prefeitura, você precisa pagar as dívidas, mas a intenção é a CMTO fundir com a secretaria. Hoje trabalhamos em conjunto, mas temos nossos trabalhos próprios e funções.

Hoje, qual é a maior dificuldade que a CMTO enfrenta?
É ter poucos técnicos e não ter dinheiro para financiamento de alguns projetos. Por exemplo, um dos projetos que defendo são corredores apenas para o transporte coletivo. Nós temos que educar as pessoas a andarem mais com os ônibus e com condições. Ele deve estar limpo, rápido e com passagem barata.

Acredita que há a possibilidade de baixar a passagem de ônibus, hoje em R$ 2,90?
Acho que há condições de estabilizar essa passagem. Nosso grande problema em Osasco é a gratuidade. Posso dizer que cerca de 18% a 23% dos usuários de Osasco não pagam passagem. Enquanto não houver uma política de subsidio ou de contenção da gratuidade podemos esquecer em manter o valor. Por exemplo, o governo federal faz uma lei que os aposentados não podem pagar passagem, não tenho nada contra, eles trabalharam a vida toda, porque vão pagar passagem? Só que é o governo federal quem tem que subsidiar essa passagem e não o município. Não temos subsídios para as empresas de ônibus.

O senhor é coordenador do PT Macro Osasco, como é feito o trabalho dessa entidade?
É um trabalho extenso onde procuramos ajudar a formar um partido e fazemos visitas aos municípios. Além disso, somos juízes de uma disputa interna e procuramos organizar o partido na região. É um trabalho que tem que percorrer todas cidades. Eu dividi a macro de Osasco em micros: micro BR, micro Anhanguera e a micro da Fepasa e Castelo, nesta estão Osasco, Carapicuíba, Barueri, Santana do Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Jandira e Itapevi.

E como estão as articulações para as eleições de 2012? O PT Macro Osasco tem uma meta para atingir?
A nossa meta depende muito se irão ou não aumentar as cadeiras nas Câmaras Municipais. De acordo como está hoje, temos 29 vereadores, nossa meta é chegar a 35; temos seis prefeituras, queremos aumentar, mas não sei exatamente como será porque, em algumas, vamos ter que fazer coligação. Mas o que interessa também é a votação em âmbito Macro. Mesmo que perdemos em uma prefeitura, conta também quantos votos essa prefeitura.

Em Osasco, o nome do deputado federal João Paulo Cunha (PT) é indicado para suceder o prefeito Emidio de Souza (PT), mas ainda não há nomes para o vice-prefeito. O PT já tem nomes citados para disputar o pleito como vice?
Como vigente partidário posso dizer que o João Paulo é um dos nomes mais cotados, mas não é o único. Há outros nomes em Osasco. Temos o Aluísio Pinheiro, atual presidente da Câmara Municipal, o deputado estadual Marcos Martins, tem também Jorge Lapas. O João Paulo é um consenso, inclusive, é o meu candidato, mas temos que fazer discussões dentro do partido. O vice depende dos partidos de aliança também, que será ampla em Osasco. É na discussão com os partidos que vamos ver qual nome será indicado para ser vice-prefeito.

Qual a maior dificuldade que o senhor encontra dentro do PT Macro?
O PT na nossa região cresceu demais. Então crescem as vaidades e interesses internos, a dificuldade é você ter que saber trabalhar com as vaidades do ser humano.

sábado, 23 de abril de 2011

EXCLUSIVO ARAGUAIA: CartaCapital publica manuscritos do líder Maurício Grabois

Em entrevista, o jornalista Lucas Figueiredo fala dos manuscritos de Maurício Grabois, líder da guerrilha que registrou em diário a saga dos 68 combatentes que se isolaram na Amazônia com o propósito de tomar o poder dos militares. Na edição de CartaCapital desta semana o material mantido sob sigilo pelo Exército por 38 anos.

Fonte: Carta Capital
Retirado do site: www.pt-sp.org.br

Em entrevista, o jornalista Lucas Figueiredo fala dos manuscritos de Maurício Grabois, líder da guerrilha, revelados na edição de CartaCapital desta semana e que foram mantidos sob sigilo pelo Exército por 38 anos.

Durante 605 dias, o Velho Mário, nome verdadeiro Maurício Grabois, dirigente histórico do PCdoB e líder da Guerrilha do Araguaia, registrou em diário a saga dos 68 combatentes que se isolaram na Amazônia com o propósito de tomar o poder dos militares. Entre registros factuais e impressões pessoais, o comandante escreveu mais de 86 mil palavras até ser executado pelos militares em 25 de dezembro de 1973. O diário foi recolhido pelos seus algozes e, posteriormente, copiado em forma de documento digitado e guardado na grande gaveta de papéis secretos do Exército.

O mistério acabou. CartaCapital obteve uma cópia integral do diário. Trata-se de uma visão particular de Grabois, quase sempre sozinho a anotar os momentos de angústia e tensão na mata. Em entrevista, o jornalista Lucas Figueiredo, autor da reportagem de capa da edição que chega às bancas a partir desta quinta-feira 21, fala sobre o diário, cuja íntegra original pode ser lida aqui e uma versão explicativa, aqui.

CartaCapital: O que mais chamou a sua atenção no diário de Grabois?
Lucas Figueiredo: Esse diário é o registro histórico mais aprofundado da Guerrilha do Araguaia. O documento possui mais de 86 mil palavras. Para se ter uma ideia, o texto digitalizado completou 150 páginas de tamanho A4, que cobrem 605 dias de conflito. Além de lançar luzes sobre esse episódio nebuloso da ditadura, o documento é uma peça valiosa por incluir o relato pessoal de Grabois. Toda a sua dor, angústia, solidão, saudades da família estão contempladas no texto, que revela o lado humano do guerrilheiro.

CC: O que esse material acrescenta para a compreensão da guerrilha?
LF: Pela primeira vez temos acesso a um relato mais profundo por parte dos guerrilheiros do período mais sangrento da Guerrilha do Araguaia. Grabois foi executado em 25 de dezembro de 1973. Foi um dos últimos insurgentes a morrer. Na prática, houve três grandes campanhas dos militares contra a guerrilha. Na última, não houve preocupação de efetuar prisões, e sim de eliminar os combatentes. Como o diário vai de abril de 1972 a dezembro de 1973, temos mais informações sobre essa fase final. Os poucos sobreviventes, não mais do que meia dúzia, não deixaram relatos consistentes. Um deles, Ângelo Arroyo, morreria em 1976 na chacina da Lapa, no Rio de Janeiro. Os demais eram desertores, não quiseram falar muito sobre o que aconteceu. Esse diário está nos arquivos sigilosos das Forças Armadas desde então. Só foi revelado agora por CartaCapital.

CC: Como você definiria a liderança exercida por Grabois?
LF: Ele era muito mais rígido com os outros do que com ele mesmo ou com o seu partido, o PCdoB. Grabois tinha sob o seu comando 68 combatentes, em sua maioria jovens na faixa dos 25 anos, estudantes universitários ou profissionais liberais. Gente que nunca pegou em armas antes, que nunca teve treinamento militar. Ele esperava que esses 68 neófitos, como costumava dizer, fossem capazes de enfrentar soldados profissionais das três Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e policiais de três estados diferentes. Exigia rigor absoluto, erro zero. Como se esse pequeno grupo pudesse atuar como rambos no Araguaia. Além disso, Grabois teve graves erros de avaliação. Imaginava que, com o tempo, as massas iriam aderir à guerrilha. Mas a população local oferecia apenas apoio pontual, doava comida e oferecia abrigo para os combatentes pernoitarem em algumas ocasiões. Jamais os campesinos se dispuseram a engrossar as fileiras da insurgência. Grabois também costuma ouvir muito a Rádio Tirana, da Albânia, que pregava propaganda comunista e alardeava um grande movimento insurrecional no Araguaia. Ele passou a acreditar no que escutava. A rádio passava propaganda e ele tomava como verdade. Trata-se de um erro de avaliação indesculpável para um líder revolucionário.

A reportagem completa sobre o diário de Grabois está na edição impressa de CartaCapital.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Osasco cria programa de economia solidária como alternativa de renda às famílias pobres

O programa oferece apoio por meio da Incubadora Pública de Empreendimentos Econômicos e Solidários

por IElaine Patrícia Cruz, repórter da Agência Brasil
Fonte: www.pt-sp.org.br

Desde que foi criado, em 2005, o programa Osasco Solidária já permitiu que 300 pessoas do município paulista passassem a ter renda por meio de seus próprios empreendimentos, seja em cooperativas, empresas familiar, associações ou microempresas.

“O modelo produtivo que temos hoje não consegue absorver toda a mão de obra. Há uma parcela importante da população que fica de fora do mercado de trabalho. Com o programa de Economia Popular Solidária, e este como estratégia de desenvolvimento, conseguimos fazer com que parte da população, que estava muitas vezes desempregada e fora do mercado, conseguisse resgatar a autoestima e voltasse ao mercado repensando em novos modelos socioprodutivos”, disse Magali Onório, coordenadora do programa de Economia Popular e Solidária.

O programa oferece apoio por meio da Incubadora Pública de Empreendimentos Econômicos e Solidários. Com isso, os empreendedores incubados recebem apoio para melhorar seus produtos. Um exemplo desses empreendimentos são as Mulheres de Osasco, que fazem uniformes que são depois distribuídos gratuitamente para as escolas da cidade. Essas mulheres, segundo Magali, chegam a ter uma renda até R$ 1,5 mil.

Mais dois empreendimentos, autogestionários, são as empresas As Meninas do Quilombo e Vitória Festa e Sabor, voltados à produção de bufês e cafés para eventos, e que pretendem, agora, se juntar para montar uma rede no ramo de alimentação.

Ivone Maria da Silva Santos faz parte do grupo Vitória Festa e Sabor, que usa um espaço da prefeitura, o Pão Sol, para fazer seu trabalho. Antes disso, Ivone trabalhava em casa, fazendo doces e salgados sob encomenda. Em 2006, entrou no programa. Hoje ainda não tem renda fixa, mas uma complementação que, em alguns meses, pode chegar a R$ 700.

“A parte principal do programa é que ajudou muito na minha saúde, porque eu já não tinha muita atividade, ficava só, em casa. Quando somos ativos e ficamos sem ter muitas funções, ficamos acomodados. Vivia deprimida. O programa foi muito bom para mim, principalmente para a minha saúde e minha autoestima”, afirmou Ivone Maria da Silva Santos, que sonha em montar uma cooperativa.

Representante do As Meninas do Quilombo, que já tem sede própria, Valdete Cesário Cavalheiro também entrou no programa em 2006. Por dois anos esteve numa incubadora. Lá se juntou a outras amigas para vender produtos. Do dinheiro proveniente dessas vendas, elas montaram um fundo e compraram uma lanchonete.
“A renda varia, mas está dando para sobreviver, sem precisar trabalhar como empregado e sem sermos uma empresa capitalista. Agora, estamos unindo esses empreendimentos para montar a rede de alimentação, rede de economia solidária, como se fosse uma cooperativa, unindo todos os grupos já graduados, para fazer eventos maiores”, disse Valdete.

Há um ano, Lucia Helena Fernandes de Souza Rocha foi ao Portal do Trabalhador e fez sua inscrição no programa. Nele, aprendeu a melhorar a qualidade de seu produto e a comercializá-lo a preço justo. “É um projeto em que, durante dois anos, dá assistência para montar seu próprio negócio. Ele me interessou porque veio ao encontro daquilo que eu estava procurando. Eu fazia pão caseiro, em casa, e queria aperfeiçoar. Quando eu soube do projeto, a alegria foi grande porque era tudo o que eu precisava”, disse à Agência Brasil. “Antes eu dependia só do salário do meu marido. Mas como tenho seis filhos, aquela escadinha bonitinha, via a necessidade de poder ajudar também. Meu objetivo é montar uma padaria”, completou.

Drogas, por um debate aberto e sereno

Texto publicado na coluna Tendências/Debates do jornal Folha de S. Paulo, edição de 20/04/2011

No domingo (17/4), fui surpreendido pela capa deste jornal com os dizeres "Petista defende uso da maconha e ataca Big Mac".

Como o petista, no caso, era eu, e minhas posições sobre política de drogas no Brasil são mais complexas do que a matéria publicada, achei por bem do debate público retomar o tema, com a seriedade e a profundidade que merece.

A reportagem se baseou em frases pinçadas de palestra minha em seminário sobre a atual política de drogas no Brasil, há dois meses.

Lá, como sempre faço, alertei para os perigos do uso de drogas, sejam elas ilícitas ou não. Defendo a proibição da propaganda de bebidas alcoólicas e a regulação da publicidade de alimentos sem informações nutricionais. A regulamentação frouxa fez subir o consumo excessivo de álcool. O cigarro, com regulamentação rígida, teve o consumo reduzido.

Não defendo a liberação da maconha. Defendo uma regulação que a restrinja, porque a liberação geral é o cenário atual. Hoje, oferecem-se drogas para crianças, adolescentes e adultos na esquina. Como pai, vivo a realidade de milhões de brasileiros que se preocupam ao ver seus filhos expostos à grande oferta de drogas ilícitas e aos riscos da violência relacionada a seu comércio.

Por isso, nos últimos 15 anos, me dediquei ao tema, tendo participado de debates em todo o Brasil, na ONU e em vários continentes.

A política brasileira sobre o tema está calcada na Lei de Drogas, de 2006, que ampliou as penalidades para infrações relacionadas ao tráfico e diminuiu as relacionadas ao uso de drogas.

É uma lei cheia de paradoxos e que precisa ser modificada. Não estabeleceu, por exemplo, clara diferença entre usuário e traficante.

Resultado: aumento da população carcerária, predominantemente de réus primários, que agem desarmados e sem vínculos permanentes com organizações criminosas.
Do ponto de vista do aparelho estatal repressivo, há uma perda de foco. Empenhamos dinheiro e servidores públicos para acusar, julgar e prender pequenos infratores, tirando a eficácia do combate aos grandes traficantes.

Outros países têm buscado formas alternativas de encarar o problema. Portugal viveu uma forte diminuição da violência associada ao tráfico por meio da descriminalização do uso e da posse. Deprimiu-se a economia do tráfico e conseguiu-se retirar o tema da violência da agenda política, vinculando as medidas ao fortalecimento do sistema de tratamento de saúde mental.

Na Espanha, há associações de usuários para o cultivo de maconha, para afastá-los dos traficantes. A única certeza é a de que não há soluções mágicas. Nossos jovens usuários não podem ter como interlocutores a polícia e os traficantes.

É preciso retirar o tema debaixo do tapete e, corajosamente, trazê-lo à mesa para que famílias, educadores, gestores públicos, acadêmicos, religiosos e profissionais da cultura, da educação e da saúde o debatam. Esta posição é exclusivamente minha, não é em nome da liderança do PT.

Não tenho, conforme sugeriu a Folha, divergências com a postura da presidenta da República sobre o tema. Aplaudo os esforços extraordinários do governo Dilma no combate ao narcotráfico e na ampliação dos serviços de saúde de atenção aos usuários de drogas.

Nesse sentido, sugiro ao governo que eleja uma comissão de estudos de alto nível para ajudar nessa discussão.

A questão não pode ser tratada de forma rasa. O debate público sobre as políticas de drogas deve envolver o conjunto das forças políticas e sociais de todo o país.

Paulo Teixeira é deputado federal (PT-SP) e líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.

Em encontro com prefeitos, Lula defende política de alianças

Segundo Edinho, Lula discutiu com os prefeitos, parlamentares e dirigentes presentes a necessidade do PT agir em diálogo com os setores médios da sociedade paulista.

Por Cesar Xavier

O PT terá que ampliar seu campo político e o arco de alianças e diálogo no estado de São Paulo se quiser ganhar eleições. Este foi um dos temas de debate do encontro de prefeitas(os) e vices do PT-SP com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, ocorrido em Osasco, nesta terça (19).

Segundo relato do presidente do PT-SP, deputado estadual Edinho Silva, feito em entrevista coletiva à imprensa, Lula disse aos prefeitos que, o ideal é que todo mundo tivesse um vice como José Alencar. O ex-presidente se referiu ao empresário que quebrou resistências ao Partido dos Trabalhadores durante a primeira eleição de Lula em 2002.

Segundo Edinho, Lula discutiu com os prefeitos, parlamentares e dirigentes presentes a necessidade do PT agir em diálogo com os setores médios da sociedade paulista. A Capital paulista ocupou um espaço grande da reunião, devido à importância política de São Paulo e à complexidade de uma disputa eleitoral ali. “Lula foi enfático ao dizer que a capital é muito importante para o nosso projeto e que o PT tem que, efetivamente, construir alianças para começar a dialogar com os partidos aliados e construir as condições de uma vitória na Capital”, disse Edinho.

Na opinião de Edinho, há uma mudança socioeconômica no Brasil e isso se reflete na capital de São Paulo. O dirigente petista afirmou que concorda com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu artigo na revista Interesse Nacional, de que a classe média não é apenas uma definição econômica, mas também cultural.

Edinho se mostrou preocupado, particularmente, com aquele novo setor social oriundo do crescimento econômico propiciado pelo Governo Lula. “Temos que entender a formação cultural desse setor, suas aspirações, seu imaginário. O PT tem que ter a sensibilidade de entender que há um setor emergente, principalmente, nos bairros tradicionalmente periféricos, que o partido tem que saber dialogar”, analisou Edinho.

Para ele não tem mágica ou receita, apenas entender aquilo que esse setor deseja, as políticas públicas que reivindica. O deputado defende que o partido esteja atento ao perfil desse novo setor, identificando qual sua produção de cultura, identidade e valores. “O PT tem que interagir e ajudar na formação desses valores, dialogar no sentido de estimular a solidariedade, a sensibilidade social, a reivindicação da inclusão social de outros setores e o desenvolvimento sustentável, que são valores progressistas. Senão, eles vão ser cooptados pelos valores conservadores como o individualismo e a competitividade”, apontou o líder petista.

Quebrar resistências

Edinho distingue claramente os setores médios em disputa nessa eleição. Durante a entrevista coletiva, os jornalistas questionaram se esses setores em disputa na Capital seriam aqueles dos redutos tradicionalmente malufistas. Edinho afirmou que se referia a setores tradicionalmente identificados com o PT e suas políticas sociais, mas que diante da emergência econômica, poderiam ser cooptados pelo campo político conservador, que tem demonstrado interesse particular nesse novo segmento.

Para Edinho, os “órfãos” de Maluf e Quércia, campos políticos conservadores, ligados ao PP e ao PMDB, que perderam influência há muitas eleições, já têm uma concepção de mundo formada e vinculada a valores conservadores. É diferente da “nova classe média”, identificada com o Governo Lula, e que passa a consumir e freqüentar novos ambientes, devendo assumir novos valores para si.

Mas Edinho defende a necessidade de um diálogo com aquela parcela mais conservadora dos paulistanos. Essa foi uma disposição do presidente Lula, também. “O PT tem que ampliar, inclusive, a política de alianças para que possa sinalizar para esses setores mais conservadores, os órfãos do malufismo, do quercismo”, disse Edinho.

Mas fundamental, mesmo, para o PT e para Lula, é a atenção direcionada aos setores médios emergentes. Edinho identifica essa parte da sociedade como aqueles jovens que estavam no subemprego ou no desemprego, sem acesso às políticas pública. Com o avanço dos oito anos do Governo Lula, as políticas sociais atingiram essa população promovendo uma ascenção social que espanta a oposição e exige cuidado do PT.

Precisamos observar os movimentos do Kassab

Questionado sobre a aproximação feita pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com setores de esquerda da política, ao criar um novo partido, Edinho mostrou estar atento as suas movimentações para poder formar uma opinião. Para ele, é preciso tempo para entender aonde caminha o PSD, considerando a dubiedade das afirmações de seus políticos.

“O movimento do Kassab de criar um partido de sustentação ao governo da Dilma tem que ser aplaudido por nós. Daí pra frente, nós temos que observar os movimentos políticos do Kassab, o que eles vão fazer em 2012, o que eles vão construir”, explicou o dirigente petista, enfatizando que o PT não pode ser contra Kassab vir para a base de apoio da Dilma. “Nós temos que, inclusive, elogiar”.

O deputado estadual deixou claro que está se referindo, exclusivamente, a esta definição adesista do PSD ao Governo Federal. “É claro que é um partido que está em formação programática. No momento em que ele diz que apoia a Dilma, ele está fazendo uma opção por um projeto de sociedade que está sendo desenvolvido, que é o projeto liderado pelo presidente Lula e pela Dilma. Daí pra frente... a gente não faz política com exercício de futurologia, a gente faz em cima de análises concretas”, justificou.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Seminários Regionais do PT-SP

Seminário da Macrorregião Osasco com Presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Presidente do PT Estadual Edinho Silva, Os Prefeitos que compõe a Macro Osasco - Emídio de Souza, Sergio Ribeiro, Zezinho Bressane, DR° Ruth, Chico Brito e a nossa Vice Marcia - Deputado Federal João Paulo Cunha -Deputados Estaduais Isac Reis, Marcos Martins,Geraldo Cruz e Luis Claudio Marcolino - Vareadores e Militantes dos 19 Municípios - dia 16/04/2011 (Sábado), no horário das 08:00h às 13:00h, no Sindicato dos Bancários, localizado a Rua: Presidente Castelo Branco, nº 150 – Centro – Osasco/SP.