quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Fórum Social Mundial e um novo mundo












"A necessidade de elaborar uma alternativa que determine novos modelos de desenvolvimento, baseados na justiça social, preservação ambiental e democracia ficou ainda mais patente com a recente crise do capitalismo mundial, desmistificando a “autorregulação dos mercados”.


Por Eduardo Tadeu


Mais uma edição do Fórum Mundial se aproxima. Neste ano, ele será realizado entre 6 e 11 de fevereiro, em Dakar, no Senegal. Faço questão, não apenas como prefeito, mas principalmente como militante do Partido dos Trabalhadores, de participar ativamente das discussões do evento, pois nelas temos a oportunidade de pensar na construção de um novo mundo possível.

O FSM parte de princípios essenciais para superarmos importantes dilemas atuais. Em primeiro lugar, é necessário elaborarmos uma alternativa de pensamento que determine novos modelos de desenvolvimento, baseados na justiça social, preservação ambiental e democracia.

Essa necessidade ficou ainda mais patente com a recente crise do capitalismo mundial, desmistificando a “autorregulação dos mercados”, já que os estados nacionais ofereceram pacotes de ajuda a instituições financeiras em cifras gigantescas.

Dentro de tal alternativa, é importante a construção de uma nova cultura que, como qualquer uma, só pode ser compartilhada pela convivência entre cidadãos que acreditam na mesma necessidade, algo muito presente em todas as edições do FSM.

Mas o que traz mais otimismo não são simplesmente esses princípios gerais: é o fato de que as experiências compartilhadas revelam como deve ser construído o mundo que queremos. Várias ações transformadoras têm se espalhado em diversos pontos do globo, como a economia solidária, arranjos institucionais de participação e empoderamento popular, a exemplo do orçamento participativo, políticas de proteção à diversidade social e étnica, entre tantas outras.

Nós, do Partido dos Trabalhadores, procuramos nesses 31 anos de história construir esses valores e eles vêm se consolidando ao longo do tempo, principalmente no Governo Lula, e agora têm continuidade no mandato da presidenta Dilma.

O nosso projeto mostrou ao longo da última crise mundial a importância de não nos pautarmos pelos valores capitalistas e termos um Estado forte e indutor da economia, postura essa que transmitida através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que levou o Brasil a ser um dos países que melhor resistiu aos efeitos da crise, diferentemente das ‘grandes potências capitalistas’, como os EUA. Também demonstramos a importância da distribuição mais justa de renda, tirando milhões de pessoas da miséria, por meio de programas como o Bolsa Família, por exemplo.

Como membro da Associação Brasileira de Municípios (ABM) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), também participo do Fórum de Autoridades Locais e da Comissão de Inclusão Social e Democracia Participativa (CGLU), que também terão reuniões em Dakar, para discutir a lógica da inclusão social e o papel dos governos locais na superação da crise mundial.

Acredito que esses encontros que o FSM propõe são fundamentais para que pessoas, governos e autoridades de todo o mundo se conscientizem sobre a importância da construção de uma nova realidade, que garanta uma vida melhor e mais digna para todos os seres humanos.

Felizmente, a consolidação do nosso projeto faz com que a disseminação desses ideais caminhe a passos largos no Brasil e, como membro do Partido dos Trabalhadores e grande entusiasta dessa nova realidade, quero contribuir para que essa construção aconteça em todas as partes do mundo.


Eduardo Tadeu é prefeito de Várzea Paulista, membro do Diretório Estadual do PT-SP, da Associação Brasileira de Municípios (ABM) e da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)

Fonte: www.pt-sp.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário