terça-feira, 21 de setembro de 2010

Carta de Mercadante ao povo de São Paulo

Tenho a satisfação de convidá-la (o) para participar da cerimônia de apresentação de nosso Programa de Governo (Coligação União para Mudar).
Na ocasião apresentarei todos os 13 cadernos temáticos do meu programa de governo para o Estado de São Paulo. Este trabalho é resultado da elaboração de 30 grupos temáticos e 25 grupos regionais dos quais participaram militantes, técnicos, gestores, acadêmicos e lideranças partidárias e dos movimentos sociais.
Esse trabalho foi aprimorado através de oito seminários temáticos que realizamos em diversas regiões do Estado, dos quais participaram milhares de pessoas dos diferentes segmentos da sociedade paulista, assegurando, assim, o caráter participativo de nossa proposta.
Chegamos às últimas semanas de campanha antes do 1º turno com a mesma linha política com que começamos: analisando os problemas de São Paulo, debatendo-os com a população e propondo soluções.
A presença da militância e de toda a sociedade civil paulista comprometida com a mudança em nosso Estado é fundamental. Vamos ganhar essa eleição nas ruas, mostrando à população que é preciso governar São Paulo com um olhar social - o mesmo que Lula implantou no Brasil e ao qual Dilma dará continuidade.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Datafolha: probabilidade maior de vitória no primeiro turno


Pesquisa Datafolha divulgada hoje mostra que a candidata Dilma Rousseff continua subindo e passou de 50% para 51% das intenções de voto no primeiro turno. Levando em conta apenas os votos válidos (sem os brancos e os nulos), ela teria hoje 57% da preferência dos eleitores e venceria a eleição já em 3 de outubro.

O levantamento foi realizado nesta semana, entre os dias 13 a 15. Foram consultadas 11.784 pessoas. A margem de erro máxima é de dois pontos, para mais ou para menos.

Enquanto Dilma sobe,, os demais adversários ficaram estagnados.

"José Serra (PSDB) ficou exatamente como há uma semana, com 27%. Marina Silva (PV) também repetiu sua taxa de 11%. Em votos válidos, o tucano tem 30%. A verde fica com 12%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou nenhum. Outros 7% se declaram indecisos", diz a reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Fonte: portal UOL.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Há dois anos, Brasil começou a vencer a crise internacional


No dia 15 de setembro de 2008, o mundo acordou com uma notícia que mudaria os destinos econômicos de bilhões de pessoas nos anos seguintes. A quebra do banco Lehman Brothers deu início a pior crise financeira mundial desde 1930. Em uma semana, o banco perdeu 77% do seu valor de mercado e abriu uma quebradeira no sistema financeiro internacional sem precedentes da história.

Nesse momento, o governo também mostrou outra forma de gerir crises financeiras. Não seriam mais anunciados pacotes completos, da década de 1990, com forte desaceleração da economia. O presidente e Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciaram medidas pontuais e certeiras, com soluções concretas e eficazes para cada setor da economia. Nada de improviso, como se fazia nos anos dos tucanos no país.

Em outubro, o governo percebeu que o melhor jeito de atravessar a crise mundial e transformá-la numa marolinha seria colocar o pé no acelerador e estimular o mercado interno. Naquele mês, foram liberados créditos adicionais para os produtores rurais, cerca de R$ 5,5 bilhões adicionais ao Plano Safra anunciado tradicionalmente em junho. A construção civil teve acesso a créditos adicionais de R$ 11 bilhões, e o BNDES recebeu uma injeção de R$ 7 bilhões do FGTS só para o setor da infraestrutura.

Em novembro, em mais uma resposta forte, o governo anunciou uma nova ampliação do crédito para as empresas e criou linhas especiais de financiamento de eletrodomésticos pela Caixa Econômica Federal de R$ 2 bilhões. Também são criados estímulos aos exportadores e recursos extras do BNDES para capital de giro de pequenas e médias empresas.

O mês de dezembro foi a vez da retirada do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos e da redução do o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras a prazo e cheque especial. Foi uma renúncia fiscal de mais de R$ 8 bilhões. O Brasil estava preparado para entrar em 2009, acelerando o consumo e reduzindo os efeitos da crise iniciada nos Estados Unidos e que se aprofundou nas economias ricas do continente europeu.

Casa própria

O governo começou o ano de 2009 com novas medidas para garantir que a economia não entrasse em recessão. Em janeiro, o Tesouro Nacional emprestou R$ 100 bilhões ao BNDES . O crédito ficou disponível para todas as empresas, desde que elas se comprometessem a manter os empregos.

Em março, o programa Minha Casa, Minha Vida, elaborado pela então ministra e hoje candidata Dilma Rousseff, é lançado e impulsiona de vez o setor da construção civil no país. O governo subsidia pela primeira vez maciçamente um programa popular de habitação com R$ 34 bilhões para construção de 1 milhão de moradias.

Junto com o programa, o governo amplia a isenção de IPI para o setor da construção civil. Em abril, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reduz novamente o IPI, dessa vez para fogões, geladeiras, máquinas de lavar roupa e outros eletrodomésticos.

Resultados

A gestão da crise financeira internacional provou a competência do governo Lula para administrar o país, mesmo diante das adversidades. Muito diferente dos tempos em que qualquer crise, mesmo em países periféricos, tornava o país vulnerável.

Diferentemente da época do PSDB, o governo fez parte da solução da crise e não do problema. O presidente Lula e sua equipe econômica foram chamados para propor soluções mundiais no G-20.
No ano passado, mesmo com todo o mundo sofrendo com o desemprego e a recessão, o país gerou mais de 1 milhão de empregos formais, a taxa básica de juros caiu abaixo dos 10% ao ano pela primeira vez na história e a inflação se manteve sob controle.

As decisões tomadas pelo governo entre 2008 e 2009 tiveram um grande efeito nesse ano. Enquanto as principais economias mundiais patinam para crescer pifiamente ou sofrem com a recessão e o desemprego, o Brasil cresceu 8,8% no primeiro semestre de 2010, em comparação com 2009. Ficou atrás apenas de China, que crescer 10,3% no período.

Em 2010, já foram criados 1,6 milhão de empregos com carteira assinada e a previsão é que se ultrapasse os 2 milhões de vagas formais.

Fonte: www.dilma13.com.br

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

“Querem ganhar as eleições no tapetão”


Os adversários querem ganhar a eleição no tapetão, advertiu a candidata Dilma Rousseff no debate Rede TV/Folha de São Paulo neste domingo. Segundo ela, as acusações de envolvimento de sua campanha com o vazamento de dados fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao PSDB são tentativas de “virar a mesa da democracia”.

“Meu adversário quer ganhar a campanha no tapetão, porque não consegue convencer a população. Querem virar a mesa da democracia”, disse a candidata, no direito de resposta concedido contra Serra. “Não passarei para a História como a caluniadora da campanha. Ele que passará.”

Em resposta a jornalista Renata Lo Prete, Dilma classificou de “manobra eleitoreira” a acusação de tráfico de influência contra o filho da chefe da Casa Civil, ministra Erenice Guerra. Dilma defendeu a apuração rigorosa de todas as denúncias e avaliar se houve tráfico de influência. Segundo ela, se for confirmada a ilegalidade, o governo deve tomar as providências mais drásticas.

“Mas eu quero deixar claro que eu não concordo e não vou aceitar que se julgue a minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha. Isso cheira a manobra eleitoreira sistematicamente feita contra mim e minha campanha”, disse, taxativa, Dilma Rousseff.


Fonte: www.dilma13.com.br

Dilma: programa está criando moradias e empregos


A candidata à presidência Dilma Rousseff afirmou hoje que, além de construir casas para a população de baixa renda, o programa Minha Casa Minha Vida tem o mérito de movimentar a indústria da construção civil e gerar empregos.

No debate promovido pela emissora Rede TV e pelo jornal Folha de São Paulo, a candidata informou que 630 mil moradias já foram contratadas na Caixa Econômica Federal, sendo 230 mil para a população que ganha entre zero e três salários mínimos.

“Eu prefiro uma política de moradia que, além de construir casas, cria empregos e oportunidades”, disse Dilma em resposta ao candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio.

Segundo ela, o programa Minha Casa Minha Vida foi criado para enfrentar de frente o déficit de até 5,8 milhões de moradias registrado em 2008. “É obrigação do Estado construir um lar para eles”, explicou a candidata.

Pelo programa, afirmou, as prestações da casa própria são subsidiadas, ou seja, as famílias que ganham até três salários mínimos recebem ajuda do governo. “Quando eu falo em subsídio, significa que eles não pagam uma prestação, que o governo federal tira recursos do seu Orçamento para subsidiar a prestação."

Empregos

Já no debate com a candidata do PV, Marina Silva, Dilma defendeu o crescimento sustentável da economia para que mais brasileiros entrem no mercado de trabalho. Segundo Dilma, mesmo na crise econômica, subiu em 4,5 milhões o número de pessoas que saiu da miséria. Já são, no total, 28 milhões de brasileiros fora da pobreza. Ela considera este o maior sucesso do governo Lula.

“O maior sucesso foi ser capaz de fazer o país crescer, distribuir renda e ao mesmo tempo assegurar a todos uma melhoria extraordinária na sua qualidade de vida. Diminuímos a miséria, criamos 14 milhões de postos de trabalho, fizemos uma verdadeira revolução no sentido pacífico do termo. Ainda há muita coisa a fazer. Terei de continuar esse processo de ascensão social”, afirmou.

Saneamento

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) mudou o patamar de investimentos em esgoto e água tratada no Brasil, respondeu Dilma à tentativa de seu adversário do PSDB, José Serra, de acusar o governo federal de negligenciar o saneamento. Dilma explicou que, além dos recursos do Orçamento da União, o governo aumentou o crédito para financiar obras de saneamento.

Segundo a candidata, no governo Lula, passaram de R$ 300 milhões para R$ 10 bilhões os recursos investidos em redes de água e esgoto. No seu governo, acrescentou, o compromisso é universalizar o saneamento assim como feito com a luz elétrica.

“Esta história que eles [PSDB] investiram em saneamento não é real. Os prefeitos e governadores deste país sabem que não havia investimento em saneamento. Nunca deram dinheiro do Orçamento da União para investimento ou para financiamento. E agora vem falar que financiamento não é recurso?”, questionou Dilma.

Segundo ela, o volume de crédito no Brasil subiu de R$ 400 bilhões para R$ 1,5 trilhão no governo Lula. Parte destes recursos ajudou a financiar obras para ampliar o acesso da população à redes de esgoto e água tratada. “Falar que financiamento não é importante é esconder o fato de que este país não tinha crédito”, completou.


Fonte: www.dilma13.com.br

“Ninguém é dono da verdade”, afirmou Dilma


O debate da Rede TV/Folha de São Paulo foi marcado por perguntas mais duras para a candidata Dilma Rousseff. Os demais adversários (José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda Sampaio) priorizaram suas perguntas para pressionar a líder nas pesquisas de intenção de voto. Numa resposta ao adversário do PSDB, a candidata alertou para a tentativa do tucano de desqualificá-la. "Não subestime ninguém candidato, o senhor não é dono da verdade, o senhor não é melhor que ninguém”, afirmou Dilma.

"Eu acho que as pessoas não podem ser pretensiosas e achar que elas são donas da verdade. Eu não sou dona da verdade e espero que as pessoas que me cercam também não sejam", disse a candidata.

Serra questionou novamente a política de paz do governo Lula em relação ao conflito do Oriente Médio. A candidata defendeu o diálogo, em vez do conflito com o Irã. Citando as guerras dos Estados Unidos contra o Iraque e o Afeganistão, Dilma afirmou ser favorável à prudência nas negociações que envolvem o enriquecimento de urânio.

“Não se trata de resolver com o fígado. Trata-se de tentar construir a paz. Certos tipos de guerra não conduzem à pacificação e na melhoria da vida dos povos daquela região”, alertou Dilma. “O que nós exigimos do Irã é que nos propomos a dar: enriquecimento (de urânio) para fins pacíficos.”


Fonte: www.dilma13.com.br

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ciclo "A propósito" de setembro debate a história da Ação Popular

O Centro Sérgio Buarque de Holanda da Fundação Perseu Abramo (CSBH) promove no dia 14/09, às 19h, o início da série de debates "Esquerdas Brasileiras".

O encontro, que faz parte do ciclo de debates "A propósito", terá com o tema será a trajetória da organização Ação Popular (AP). O evento terá a participação do sociólogo e professor da Unicamp, Marcelo Ridenti, autor do estudo "Ação popular: Cristianismo e Marxismo" e de livros sobre a esquerda brasileira, e de Ricardo de Azevedo, ex-militante da AP e autor do livro Por um triz: memórias de um militante da AP. O CSBH estuda a realização de segundo debate, a respeito do grupo VAR-Palmares.

Local: Auditório da Fundação Perseu Abramo - Rua Francisco Cruz, 234, Vila Mariana, São Paulo, SP. Devido à limitação de espaço na platéia é necessário fazer inscrição prévia pelo telefone: (11) 55714299, ramal: 124.


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Em trem da CPTM, Mercadante garante prioridade ao transporte público

Candidato reafirma compromisso de, se eleito, melhorar a qualidade e aumentar a velocidade da CPTM e construir 30 km de Metrô

Por www.mercadante13.com.br, com edição de Leandro Rodrigues
Sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nesta sexta-feira (03), o candidato do PT a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante, conferiu de perto a situação dos trens da Linha 7 – Rubi, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Ao lado da candidata petista ao Senado, Marta Suplicy, Mercadante embarcou na estação Francisco Morado e seguiu até Franco da Rocha, na região metropolitana do estado.
O candidato destacou que a frota da Companhia está saturada e muito antiga e precisa de uma reestruturação urgente. “Nós temos que dar [à CPTM] qualidade de Metrô, aumentar a velocidade porque, especialmente no horár
io de pico pela manhã e no final da tarde, é muito desconforto, muita dificuldade”, disse Mercadante, citando a estação Francisco Morato, que tem 50 mil passageiros por dia. Segundo ele, o atual governo repete
promessas a cada eleição, mas não cumpre os compromissos que assume com a população.

Mercadante garante ain
da que transporte público de qualidade será uma de suas prioridades de governo. “Vamos fazer isso em até dois anos: dobrar a capacidade da CPTM com trens modernos, reformulando as estações e dando qualidade de Metrô”, afirmou. Mercadante destacou também que seu objetivo é construir 30 km de linhas de Metrô, uma meta ambiciosa, mas que será cumprida.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Brasil 2002-2006-2010


Emir Sader aponta as mudanças implementadas no país nos últimos oito anos, traçando três momentos: o da primeira eleição do Lula, o da sua reeleição e a da eleição atual. O artigo, a seguir, é reproduzido da Agência Carta Maior.






O Brasil mudou muito nestes 8 anos. Não pretendemos dar conta aqui de todas essas transformações – tarefa indispensável para poder pensar em sua globalidade o presente e o futuro do Brasil. A pretensão agora é apenas fixar alguns flashes sobre esses três momentos: o da primeira eleição do Lula, o da sua reeleição e a da eleição atual.

A primeira foi basicamente a eleição da rejeição do governo de FHC. Lula e Ciro Gomes o atacavam duramente, Serra tratava de não ser o candidato a continuidade (“continuidade sem continuísmo” o malabarismo verbal do ex-ministro do governo FHC). Ganhou Lula, incorporando o tema da estabilidade monetária, mas impondo a questão da prioridade do social. No final da campanha havia uma espécie de resignação da direita e da sua direção política e ideológica, a velha mídia.

Em 2006 a direita estava excitada pelas campanha que havia desatado contra o governo, em 2005 e que, pretendendo ter sangrado o governo, pretendiam impor sua derrota eleitoral em 2006. A foto que, segundo sua versão, fez a disputa chegar ao segundo turno, deu-lhes a confirmação da manutenção do poder midiático com que haviam feito Lula descer para a casa dos 30% na sua aceitação no ano anterior.

O segundo turno demonstrou como a realidade escapava à estreita forma de percepção da velha mídia. As políticas sociais do governo já começavam a ter efeitos e veio daí o apoio que levou Lula a uma vitória significativa. A direita foi vítima da sua própria ótica superficial de ver o país, apenas no estreito circulo que eles mesmos formam da opinião pública forjada por eles. Como não fazem cobertura do país na sua totalidade, nas suas dimensões sociais, econômicas, culturais, que afetam à grande maioria da população – que é pobre, pelo tipo de país que eles mesmos produziram – lhes escapou o novo estado de animo que começava a existir na massa da população.

Chegaram a 2010 sem se dar conta que o país de 2002 tinha mudado e, com ele, se esvaziado totalmente o poder de manipulação da mídia sobre a opinião política da população. Se em 2006 se considerava que uma foto teria levado ao segundo turno das eleições presidenciais, agora apelam para tudo – inclusive para parentes próximos do candidato da direita – e submetem os decrescentes leitores, ouvintes e espectadores dos seus meios a uma enxurrada de denuncias forjadas, e não conseguem nada. Esta rodada de pesquisas tinha gerado neles expectativas de medir seu poder e elas trouxeram o resultado: esse poder está reduzido a traque, a nada.

Os temas que o povo valoriza e a credibilidade zero da velha mídia fazem com que nada tenha se alterado, com a Dilma tendo o dobro dos votos do Serra, apesar de toda a velha mídia promover a candidatura deste o tempo todo.

Criou-se uma nova maioria no país, que valoriza a universalização dos direitos, o governar para todos, o papel do Estado como agente do crescimento econômico e de garantia dos direitos sociais, contra a prioridade do ajuste fiscal, do Estado mínimo e do mercado máximo. Esta uma das principais mudanças do Brasil nestes 8 anos.

A derrota acachapante da direita nestas eleições abre espaço para que essa maioria tenha condições de se erigir em novo sujeito político no Brasil, avançando para construir uma sociedade justa, solidária, soberana, para a construção do outro Brasil possível que começa a despontar no horizonte.



Por Emir Sader
Publicado no site: www.pt-sp.org.br

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Lula E Dima


Parceria que mudou o Brasil


Entre todos os ministros do novo governo, Dilma é a que recebe uma das tarefas mais complexas: afastar o risco de outro racionamento de energia, condição fundamental para que Lula coloque em prática seu projeto de desenvolvimento econômico e social do país.

Dilma enfrenta e vence esse desafio. Entre 2003 e 2005, comanda uma profunda reformulação, a começar pela criação de um novo marco regulatório para o setor. Investimentos privados são atraídos para a construção de usinas hidrelétricas, termelétricas e eólicas. A capacidade de geração e transmissão de energia é ampliada, e a ameaça de racionamento fica para trás.

Como se fosse pouco, Dilma ainda preside o Conselho de Administração da Petrobrás, introduz o biodiesel na matriz energética brasileira e cria o programa Luz para Todos, que já levou energia elétrica para mais de 11 milhões de brasileiros e brasileiras que, em pleno século 21, viviam na idade das trevas.

Em 2005, a eficiência de Dilma já é largamente reconhecida dentro e fora do governo. Por isso, ninguém se surpreende quando o presidente a escolhe para ocupar a chefia da Casa Civil e, consequentemente, coordenar o trabalho de todo o Ministério. Consolida-se aí a parceria entre Lula e Dilma, que estabeleceria novos marcos para o crescimento do país.

Dilma assume a coordenação de programas estratégicos como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida. Coordena, ainda, a Comissão Interministerial encarregada de definir as regras para a exploração do Pré-Sal e integra a Junta Orçamentária do governo. Também participa ativamente de outros projetos fundamentais, como a definição do modelo de TV digital e a implantação de internet banda larga nas escolas públicas.

À frente da Casa Civil, Dilma tem uma atuação decisiva na transformação do Brasil em um país que cresce e, ao mesmo tempo, distribui renda e combate as desigualdades sociais e regionais. Por esse caminho, mais de 13 milhões de brasileiros e brasileiras conquistam emprego com carteira assinada, 24 milhões deixam para trás a pobreza absoluta e 31 milhões passam para a classe média. Em abril de 2009, Dilma revela corajosamente ao país que vai enfrentar outro grande desafio, desta vez no plano pessoal: um câncer linfático. O tratamento não a afasta de sua rotina diária. Em setembro daquele mesmo ano, os médicos anunciam: "Dilma Rousseff encontra-se livre de qualquer evidência de linfoma, com estado geral de saúde excelente”.

No final de março deste ano, Dilma e Lula lançam o PAC 2, que amplia as metas da primeira versão do programa e incorpora uma série de ações inéditas, a maioria delas destinada ao combate dos principais problemas das grandes e médias cidades. No dia 3 de abril, Dilma desincompatibiliza-se do governo e inicia uma nova etapa de sua caminhada em favor de um Brasil cada vez melhor para todos e todas.

E no dia 3 de outubro de 2010, é a vez de você ajudar a escrever um novo capítulo para esta história, elegendo Dilma a primeira mulher presidente do Brasil. Uma mulher para quem “qualquer política pública só vale a pena se mudar a vida das pessoas”. Afinal, desde menina, Dilma sabe a importância de repartir.

Fonte: www.pt.org.br

Biografia 4: Vida Publica



A década de 80 chega ao fim com o Brasil realizando a primeira eleição direta para a Presidência após a ditadura. Dilma, então diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, faz campanha para Leonel Brizola, no primeiro turno, e para Lula, no segundo.

No início dos anos 90, torna-se presidente da Fundação de Economia e Estatística, a mesma FEE onde havia iniciado a vida profissional como estagiária. Em 93, com a eleição de Alceu Collares para o governo do Rio Grande do Sul, assume a Secretaria Estadual de Minas, Energia e Comunicação, iniciando um trabalho que mais à frente seria reconhecido no Brasil inteiro.

Em 94, após 25 anos de relacionamento, separa-se de Carlos Araújo, seu grande amigo até hoje. Em 98, inicia o curso de doutorado em ciências sociais na Unicamp, mas, já envolvida na sucessão estadual gaúcha, não chega a defender tese. Aliados, PDT e PT elegem o petista Olívio Dutra ao governo. Dilma, mais uma vez, ocupa a Secretaria de Minas, Energia e Comunicação. Dois anos depois, com o rompimento da aliança, filia-se ao PT.

Dilma conclui a segunda passagem pelo governo gaúcho no final de 2002. Lula havia sido eleito presidente e, para os gaúchos, não havia dúvidas de que ela deveria ser aproveitada na equipe do novo governo. A torcida era baseada em fatos concretos.

Dilma havia encontrado o setor energético gaúcho em frangalhos. Sem projetos, sem investimentos e sofrendo apagões constantes. Uma situação semelhante à do resto do Brasil. Aliás, já em 1999, Dilma alertara o governo federal sobre o risco de um racionamento no país, mas não foi ouvida.

No Rio Grande do Sul, ela vai à luta. Inicia um programa de obras emergenciais que inclui a implantação de 984 km de linhas de transmissão e a construção de usinas hidrelétricas e termelétricas. Além disso, mobiliza os setores público e privado num grande esforço pela redução do consumo, sem prejudicar a produção nem o bem estar da população.

Com essas e outras medidas, Dilma aumenta em 46% a capacidade do sistema energético gaúcho e faz do Rio Grande do Sul um dos poucos estados brasileiros a não sofrer o racionamento de energia imposto pelo governo FHC entre maio de 2001 e fevereiro de 2002.

Graças a esse trabalho, Lula convida Dilma primeiro para participar da equipe do governo de transição – e, depois de uma única conversa olho no olho, decide que ela será a sua ministra de Minas e Energia.

Fonte:www.pt.org.br

Biografia 3 - Recomeço

A Esperança Renasce


Apesar de condenada a dois anos e um mês de prisão, Dilma só seria libertada depois de quase três anos no presídio Tiradentes, na capital paulista. Ao sair, passa uma temporada em Minas, junto da família, curando as dores do corpo e do espírito.


Em 1973, muda-se para Porto Alegre, onde o marido, Carlos Araújo, também capturado pela repressão, cumpre pena de quatro anos. Araújo é libertado e retoma a advocacia; Dilma passa no vestibular e recomeça os estudos, agora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma vez que a Universidade Federal de Minas Gerais havia jubilado e anulado os créditos dos alunos envolvidos com organizações de esquerda.


Em 75, começa a trabalhar como estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho, e no ano seguinte torna-se mãe de Paula Rousseff Araújo -- que em setembro de 2010 lhe dará o primeiro neto.


O desgaste do regime militar faz renascer a esperança na volta da democracia. Dilma engaja-se na campanha pela Anistia, e, junto com o marido, ajuda a fundar o PDT do Rio Grande do Sul. Entre 1980 e 85, trabalha na assessoria da bancada estadual do PDT e exerce intensa militância. Atua decididamente no movimento pelas Diretas Já e na campanha de Carlos Araújo a deputado estadual. Ele é eleito em 82, iniciando o primeiro de seus três mandatos consecutivos.


Em 86, o pedetista Alceu Collares, novo prefeito de Porto Alegre, escolhe Dilma para a Secretaria da Fazenda. É o início de uma trajetória administrativa que mais tarde seria reconhecida por três características principais: determinação, competência e sensibilidade social.

Fonte: www.pt.org.br





Biografia - 2 A militância: A luta Pela Democracia

Dilma tinha apenas 14 anos quando o pai morreu. Já havia lido “Germinal”, romance de Emile Zola sobre as sub-humanas condições de vida dos trabalhadores das minas de carvão francesas. Lera também “Humilhados e Ofendidos”, de Dostoiévski, entre os muitos clássicos humanistas que Pedro Rousseff lhe apresentara. O pai ensinara a filha a amar os livros e as pessoas. Agora, ela teria que seguir o aprendizado ao lado dos irmãos, Igor e Zana, e da mãe, dona Dilma, que lutaria com unhas e dentes para manter a família no rumo traçado pelo marido.

Dilma vai fazer o ensino médio no Colégio Estadual Central e, em seguida, a faculdade de economia na Universidade Federal de Minas Gerais, centros de efervescência cultural e política de Belo Horizonte às vésperas do golpe militar de 64. A barra mais pesada viria em 68, quando o AI-5 baixado pelos militares mergulhou o Brasil ainda mais fundo nos porões da repressão.

A adolescência e a juventude são temperadas com literatura, cineclube e discussões políticas nos bares onde o petisco preferido dos rapazes e moças sem dinheiro no bolso é farinha com molho inglês a palito. Dilma e sua geração entram de cabeça na militância política. Com 16 anos ela já está na Polop. Depois na Colina e finalmente na VAR-Palmares -- todas organizações clandestinas, num tempo em que tudo era proibido e que você podia ser preso apenas por escrever num muro a palavra “Liberdade”.

Os trabalhadores eram proibidos de reivindicar melhores condições de trabalho, os estudantes não podiam se organizar, o teatro, o cinema, a literatura e as artes em geral estavam sob forte censura, não existia liberdade de imprensa.

Dilma vê amigos presos, torturados, exilados e assassinados pela repressão. Casa-se com o companheiro de militância Claudio Galeno. Os dois caem na clandestinidade e, para fugir ao cerco da repressão, dividem-se entre diferentes cidades, até que a distância acaba separando o jovem casal.

Pouco depois, ela se apaixona pelo advogado e militante gaúcho Carlos Araújo. Em 1970, é presa e torturada nos porões da Oban e do Dops, em São Paulo. Como jamais participou de qualquer ação armada, a Justiça Militar a condena apenas por “subversão”, com pena de dois anos e um mês de prisão. Seu “crime” foi o mesmo de tantos jovens daqueles anos rebeldes: querer mudar o mundo.

Fonte:www.pt.org.br

Biografia - 1: Infância - A menina que sabia dividir

A menina Dilma teve uma infância feliz em Belo Horizonte, onde nasceu no dia 14 de dezembro de 1947, filha do imigrante búlgaro Pedro Rousseff e da professora Dilma Jane da Silva. Se lhe perguntavam o que queria ser quando crescesse, tinha a resposta na ponta da língua: bailarina, bombeira ou trapezista. E presidente da República? Nem pensar, porque naquela época o Brasil sequer sonhava em escolher uma mulher para a Presidência.

Dilma adorava andar de bicicleta, subir em árvore e ler as reinações de Narizinho, Pedrinho, Emília, Visconde de Sabugosa e dos outros moradores do “Sítio do Picapau Amarelo”, de Monteiro Lobato. Gostava ao mesmo tempo de óperas, às quais assistia na companhia do pai, e do seriado do Flash Gordon, que via nas matinês do cine Pathé.

Estudou no Nossa Senhora de Sion, tradicional colégio para meninas, e frequentou o Minas Tênis Clube, ponto de encontro da elite belorizontina. Mas desde cedo aprendeu que o mundo não era cor de rosa. Um outro mundo, de cores tristes, saltava aos olhos sempre que subia o Morro do Papagaio, uma das maiores e mais pobres favelas da cidade, para fazer trabalho voluntário com colegas e freiras do colégio. Ou quando abria a porta de casa para algum mendigo que implorava por um prato de comida.

Certo dia, bateu à porta um menino tão magro e de olhos tão tristes que ela rasgou ao meio a única nota que tinha. Ficou com metade da cédula e deu a outra metade ao menino. Dilma não sabia que meio dinheiro não valia nada. Mas já sabia dividir.

Fonte: www.pt.org.br

Oposição acusa sistematicamente sem provas





Por www.dilma13.com.br


A candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Rousseff, disse hoje em entrevista ao SBT Brasil que o bloco de oposição (DEM, PSBD E PPS) usa uma prática sistemática de acusar sua campanha sem provas. Questionada sobre as investigações da Receita Federal sobre o suposto vazamento de dados do imposto de renda de dezenas de pessoas no país, a petista disse que ela é a pessoa mais interessada no esclarecimento imediato.

“Eu não entendo as razões que levam o candidato da oposição a levantar contra minha campanha uma acusação tão leviana e sem provas. Em setembro de 2009 [quando teriam acontecido alguns vazamentos] minha campanha não existia e eu nem era candidata", disse. "É importante que tenhamos cuidado com calúnia na eleição. Quero repudiar essa prática sistemática nessa eleição de fazer acusações e não apresentar provas. É uma falta de respeito. E eu não aceito.”

Dilma disse que cabe à Receita Federal e à Polícia Federal esclarecer o vazamento de dados fiscais sigilosos de brasileiros, militantes políticos ou não, e que torce para que as investigações estejam concluídas antes do final da eleição. Ela lamentou ainda que a oposição tenha levado o debate eleitoral por esse caminho. “Eu queria estar aqui debatendo a segurança, a educação”.

“Os maiores interessados nessa apuração são a minha campanha e eu. Ter vazamento é grave. Eu sou a maior interessada [que seja logo concluída] porque estou sendo acusada sistematicamente de forma leviana”, acrescentou.

O PT já ingressou com ação judicial contra o candidato José Serra por calúnia devido às acusações dele e do seu partido contra a campanha da coligação Para o Brasil Seguir Mudando.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT



* Leonardo Boff é teólogo, filósofo e escritor.

Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico, a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu, "capado e recapado, sangrado e ressangrado". Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os países mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.

Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fora construída com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam: "façamos nós a revolução antes que o povo a faça". E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.

Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde "a coisa pública", o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: "não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido". Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. O "Fome Zero", depois o "Bolsa Família", o "Crédito Consignado", o "Luz para Todos", o "Minha Casa, minha Vida, o "Agricultura familiar, o "Prouni", as "Escolas Profissionais", entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.

Mas essa derrota infligida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um "não retorno definitivo" e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.

Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses "descobrindo/encobrindo" o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituíram índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.

Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.

Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Celso Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida (1993): "Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromper o nosso processo histórico de formação de um Estado-Nação" (p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.

Fonte: www.pt.org.br