Candidata lança Programa de Governo e recebe profissionais da educação e estudantes. “Respeito é diálogo, e não cassetete”, disse Dilma, em referência à política tucana no estado.
Fonte: www. Pt-sp.org.br
por Leandro Rodrigues
Nesta sexta-feira (15), em que se comemora o Dia dos Professores, a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, apresentou em São Paulo os tópicos sobre Educação, Juventude, Ciência e Tecnologia de seu Programa de Governo. O apoio de filósofos, cientistas, intelectuais, estudantes e diversos profissionais da educação lotou o Palácio dos Trabalhadores. “No meu governo, assim como foi no do Lula, será tudo para todos”, disse Dilma ao se comprometer com a qualidade de ensino desde a creche. O ato também homenageou o educador Paulo Freire, na presença de sua viúva, Ana Maria Freire.
“O que importa num governo é saber para quem se governa. E nós governamos para 190 milhões de brasileiros”, afirmou a candidata, que reiterou a visão de ensino implantada no Governo Lula: “Nós acabamos como sucateamento da educação e com uma oposição falsa, que fragmentou o ensino no Brasil”.
Dilma garante que não há qualidade de ensino sem a devida valorização dos professores, com aumentos de salário, planos de carreira e abertura para o diálogo com a categoria. “Ninguém se motiva sem investimento. Tem que haver respeito e diálogo, e não cassetete. O diálogo é a prova de que a democracia está viva”, disse a candidata, em resposta às reclamações de diversos profissionais sobre o tratamento e a recepção do Governo Serra, em São Paulo. “Na política de valorização do salário mínimo, a CUT e a Força Sindical participaram conosco desse processo”, acrescentou.
O discurso de Dilma apresentou todos os tópicos de forma harmoniosa, mostrando a ligação direta entre eles para o desenvolvimento de todos. “O Brasil precisa de cientistas e tecnólogos, portanto, o investimento em formação de Ciência e Tecnologia deve ser pensado desde o ensino médio. Isso é parar de ver o jovem como o futuro do Brasil, pois o jovem é o presente”, disse a candidata seguida por gritos de ordem animados por diversos grupos de militância juvenil: “A juventude, já decidiu. Agora é Dilma presidente do Brasil!”, “Dilma, guerreira, da pátria brasileira!”, entre outros.
“Viva Paulo Freire!”
“Ele está lá no céu, olhando por nós e lavando você a ser a presidenta da República de um país”, disse Ana Maria Freire à Dilma Rousseff, numa emocionada fala em homenagem ao educador.
Ana Maria relatou que, no último dia 3, durante a votação do primeiro turno, chorou ao ver a foto da candidata na urna. “Quando vi a tua carinha lá comecei a chorar. Chorei porque é a primeira vez que eu estou votando numa presidenta, num país que alcançou a liberdade e a democracia tão sonhada”, disse a esposa de Paulo Freire, que lamentou a campanha de baixaras e boatos propagada pelos adversários: “Vimos ressurgir o ódio e o país se dividiu entre os de bem e os de mal. Então, se vamos dividir, nós somos o de bem, sim! [...] Serra serve à elite e desserve ao povo”.
A também educadora fez ainda uma reivindicação em respeito à memória e ao trabalho de Freire. “Pela primeira vez, desde os anos 80, livros de autoria do Paulo Freire não são exigidos em concursos públicos para professores de São Paulo. Serra tirou todos”.
Estiveram presentes no ato a filósofa Marilena Chauí, o neurocientista Miguel Nicolelis, diretores de entidades sindicais e estudantes, os senadores Aloizio Mercadante, Marta Suplicy e Eduardo Suplicy, o presidente estadual do PT, Edinho Silva, e diversos deputados estaduais e federais.
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